A cidade de Guarapari tem sua origem no século 16, quando o padre José de Anchieta percorreu a Capitania do Espírito Santo com o intuito de formar novas aldeias que serviriam como base para a catequese dos índios goitacazes. A fundação ocorreu em 1585, quando Anchieta determinou a construção de uma capela para abrigar padres em missão. O nome escolhido foi Aldeia do Rio Verde ou Santa Maria de Guaraparim.
Em 1891, Guarapari deixou de ser vila para se tornar um município. Isto não garantiu o desenvolvimento imediato da cidade, que era de difícil acesso e contava com algumas centenas de construções rudimentares até o início do século 20. O destino do lugar mudou radicalmente a partir dos anos 1960, quando se propagaram as informações de que as areias da região possuíam um grau de radioatividade com efeitos terapêuticos. A areia preta, ou monazítica, passou a ser utilizada então como tratamento alternativo de reumatismo, artrite, alergia, problemas gástricos e digestivos, além de vários outros –mesmo sem comprovação científica adequada.
Logo a “Cidade Saúde” passou a receber um grande fluxo de visitantes e moradores em potencial de todos os cantos do Brasil e do mundo, ganhando grande impulso para o desenvolvimento. Hoje o município conta com cerca de cem mil habitantes e é um dos destinos turísticos mais importantes do Espírito Santo, referência em shows, festas e eventos no verão.
Na alta temporada, suas ruas e praias ficam lotadas de turistas –principalmente originados de Minas Gerais– e sua população quase triplica, impulsionando a economia local e toda a indústria de turismo do Estado. Tal inchaço tem também seus inconvenientes, evidenciando alguns problemas estruturais e logísticos, como falta de água em determinadas regiões e grandes congestionamentos.
Embora possua distritos em regiões serranas do Estado, o ponto alto de Guarapari é seu litoral. São mais de vinte praias com características bastante peculiares, muitas ideais para práticas esportivas.
É essencial provar a moqueca capixaba, a caranguejada e a Torta Capixaba. Várias bancas e lojas ao longo das estradas vendem panelas de barro, peças entalhadas de madeira e objetos feitos com vime e taquara.
Pela localização, praias como a do Morro, Castanheiras e Areia Preta ficam cheias sempre, graças aos seus arredores que concentram grande número de estabelecimentos comerciais como restaurantes, bares, farmácias, bancos, postos de gasolina e supermercados. São lugares ideais para aqueles que desejam ficar perto de tudo, ainda mais no verão, quando o trânsito se torna caótico.
A região de Nova Guarapari, também chamada de Enseada Azul, foi tomada ao longo dos anos por residências de veraneio e se tornou um dos locais mais badalados do Estado durante a alta temporada.
A cidade conta com uma boa estrutura de lazer para família, com parques aquáticos e ambientes para a prática de esportes radicais, além de boates e casas de shows. Alguns eventos e locais, no entanto, só abrem as portas e divulgam suas atividades durante o alto verão.
Ao longo de toda a costa há grande variedade de espécies nativas da mata atlântica e vegetação de restinga, além de animais silvestres, como corujas e ouriços, muitos protegidos pelos limites do Parque Estadual Paulo César Vinha, que recebe não só turistas, mas também pesquisadores. O Parque Morro da Pescaria é outro ponto de preservação que recebe visitas e conta com mirantes para apreciação da cidade e do canal.
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