Antes de visitar Manaus, esqueça o disse-me-disse sobre a capital amazonense. Muita coisa dita sobre ela é lenda, já que poucos de fato chegaram até aqui para constatar as reais belezas da cidade, que é um grande centro urbano, movimentado, moderno, bem-estruturado e que conserva exemplarmente seu rico patrimônio histórico levantado principalmente no Ciclo da Borracha.
Manaus tem muito a oferecer ao turista. Porta principal do maior bioma do país, a Floresta Amazônica, a capital manauara esbanja, além de paisagens únicas e contato com a natureza, opções culturais, gastronômicas, de diversão e compras.
Se a ideia é dividir sua estadia entre Manaus e arredores, considere ficar pelo menos quatro dias na capital do Amazonas antes de sair explorando a região. Para os demais dias, as opções são relaxar imerso na natureza num hotel de selva (ou pelo menos conhecer um deles por um dia), fazer um cruzeiro pelo Rio Negro e Amazonas, ou seguir estrada rumo a cidades incrustadas na Floresta, como Presidente Figueiredo e Novo Airão, que abriga o Arquipélago de Anavilhanas, onde se chega também de barco.
O Rio Negro é quase onipresente nas programações em Manaus, porque de tão imenso faz as vezes de mar. Às margens de suas águas avermelhadas e quentes está uma orla com praias, restaurantes flutuantes, comunidades ribeirinhas e indígenas preparadas para receber turistas e até um museu. Da Marina do Davi saem os principais passeios oferecidos na cidade pelo Rio Negro, como o clássico Encontro das Águas (entre o Rio Negro e Solimões).
Contadores de história
Faz parte do roteiro clássico em Manaus visitar as construções históricas do Teatro Amazonas, o Largo de São Sebastião, o Palácio Rio Negro, o Palacete Provincial. A beleza arquitetônica bem conservada dos prédios vale a visita por si, mas chama a atenção também o preparo dos monitores culturais que recebem os turistas. Além de tornar a experiência mais interessante com informações importantes sobre os lugares, eles são excelentes contadores de histórias.
Não deixe de conhecer ainda os museus que retratam a história indígena, dos caboclos e dos seringueiros que povoaram a região, como o Centro Cultural dos Povos da Amazônia e o Museu do Seringal, que fica na beira do Rio Negro, a 30 minutos de Manaus de barco. Nesses locais, os guias dão shows de boas conversas.