Em entrevista, Humberto Gessinger dos Engenheiros do Hawaii fala sobre novo trabalho solo.
Antes de chegar a Curitiba para apresentar show no Teatro Positivo, Humberto Gessinger (líder dos Engenheiros do Hawaii) concedeu entrevista ao Eco Curitiba. Na ocasião, ele falou porque no álbum INSULAR (novo trabalho a ser lançado) decidiu trocar o formato acústico pelo elétrico, retornando às origens do rock gaúcho da década de 80.
Eco: Há algum tempo você vem investindo em trabalhos acústicos, como nos Engenheiros e no Pouca Vogal. O que motivou você a retornar ao formato elétrico?
Humberto: Pois é…Começou com o Acústico MTV, depois Novos Horizontes e Pouca Vogal. Quando dei por mim, estava há 10 anos no ambiente acústico. Já estava na hora de voltar ao ambiente em que me sinto mais à vontade: tocando baixo num power trio.
Eco: O seu novo trabalho será resultado de sua carreira solo. Qual a diferença em relação ao processo de criação dos Engenheiros do Hawaii? Há diferentes parcerias?
Humberto: Claro que a gente amadurece, masnão vejo nenhuma diferença na maneira como componho. O que me levou a assumir o INSULAR como disco solo foi o fato de ele não ter sido gravado com umabanda fixa. As canções pediram isso, vários convidados, diferentes ambientes. Foi um prazer tocar com músicos gaúchos que admiro muito e que, sem que eu premeditasse, acabaram representando as vertentes que acho mais legais da música gaúcha, do som mais regional ao mais cosmopolita.
Eco: Como você definiu o repertório do novo show já que conta, também, com canções mais obscuras dos Engenheiros?
Humberto: Faço questão de tocar músicas de todos os discos. É sempre legal tocar os clássicos, mas tem sido um prazer maior ainda redescobrir músicas que não tiveram tanta exposição quando lançadas. Parece que elas estavam aguardando chegar a hora certa.
Eco: Após esse trabalho da carreira solo há possibilidade de os Engenheiros retornarem. Qual formação você pensa retomar?
Humberto: Ainda não pensei no próximo capítulo. Nos próximos 03 anos estarei focado no INSULAR. Tenho muito orgulho da minha trajetória e sou grato por ter tocado com músicos incríveis. Mas o centro de tudo é sempre a música e não o formato.
Eco: O seu show pelo que dá para observar segue o mesmo clima pesado do Surfando Karmas e DNA (álbum pesado dos Engenheiros lançado em 2002). O trabalho solo segue nesta linha?
Humberto: Talvez o disco seja um pouco mais “gaúcho”do que o show. Mas o clima geral é bem parecido.
))) André Molina