Adega compartilhada

A wine4u projeta abrir 1000 unidades em 2021, com faturamento médio anual de R$ 20 milhões

Uma adega para condomínios, que é destravada por meio do aplicativo, somente para maiores de 18 anos, com o pagamento feito no próprio local: este é o nicho de mercado explorado pela market4u, uma startup curitibana, que já comercializou 120 unidades na capital paranaense e mais de uma centena em outros estados. O nome da adega é wine4u.

A seleção dos vinhos é sazonal, de acordo com a estação do ano: no verão, a prioridade são vinhos brancos, rosés e espumantes. Além disso, as escolhas levam em consideração o perfil dos moradores, assim como histórico de compras. Os valores das garrafas variam de R$ 30 a R$ 200. Há, inclusive, embalagens para presente em cada ponto de venda.

Eduardo Córdova, CEO da market4u, destaca: “Imagine ter à disposição uma adega com mais de 200 rótulos diferentes, com seleções que mudam a cada estação, e ainda sommeliers disponíveis para dar dicas de harmonização. Foi esse nicho de mercado que enxergamos, e o melhor: ninguém precisa fazer um aporte grande para colocar o estoque em casa – ele fica à disposição para quando quiser e precisar a poucos passos de distância”.

Cozinhando para os pequenos

Chef de cozinha formada na Le Cordon Bleu de Paris, Bruna Leite lança “Pequenos Gourmets: + de 120 Receitas para se Apaixonar por Comida”, livro com dicas, informações e dados sobre a educação alimentar na infância, além de receitas saudáveis para crianças de 6 meses até 7 anos. A ideia nasceu quando Bruna, que trabalhou em alguns dos melhores restaurantes do mundo, encontrou dificuldades na hora de preparar os pratos de seus gêmeos de seis meses; não sabia por onde começar: “Já cozinhei no Noma, no D.O.M., mas quando vi aqueles dois bebês na minha frente eu travei.”

Mais do que proporcionar um cardápio nutritivo para sua família, Bruna sempre quis transmitir a seus filhos aquilo que tanto amava: a paixão pela comida. Então, passou a estudar sobre o universo da culinária infantil ao redor do mundo e a criar receitas que fossem saudáveis e, ao mesmo tempo, que agradassem os pequenos.

Diz ela: “Vai além do nutricional, estamos falando de paladar, de mostrar para a criança que comer é prazeroso, não estressante. Queremos criar bons hábitos, não rotinas rígidas”. Para Bruna, ensinar uma criança a comer envolve todos os sentidos: o paladar, a visão, o olfato, o tato e até mesmo a audição. Precisa ser uma experiência agradável, feliz e estimulante, não só para o bebê, mas também para o adulto. Afinal, a criança aprende muito pelo exemplo.

Mas como oferecer tudo isso com praticidade, com pais e mães que têm uma rotina cada vez mais corrida? Foi pensando nisso que Bruna reuniu em seu livro receitas nutritivas, muito gostosas e fáceis de fazer. “Sinto que as mães precisam de opções para o dia a dia e que as crianças realmente aceitem comer”, afirma a autora.

“Pequenos Gourmets: + de 120 receitas para se apaixonar pela comida”, da Editora Melhoramentos, tem 170 páginas, formato quadrado e preço sugerido de R$ 69.

Jantar Cego, novas edições

Garçons com deficiência visual servem o jantar no escuro

Um evento inédito no Brasil – o Jantar Cego -, realizado no final do ano passado pelo hotel Hilton São Paulo Morumbi (av. das Nações Unidas, 12.901), e retomado em fevereiro, terá mais 10 edições: 5, 6, 13, 20 e 27 de março e 2, 3, 10, 17 e 24 de abril. Trata-se de uma experiência gastronômica num ambiente totalmente escuro, com cardápio surpresa e música ao vivo a cargo de garçons cegos cantores acompanhados de uma banda.

O dark dining é uma experiência sensorial famosa em países como Inglaterra, Argentina, França, Suécia, Bulgária e Singapura, e vem ganhando adeptos desde sua primeira versão em 1997, em Paris. O idealizador do projeto, Luiz Righi, explica que diferente de outras experiências onde o público se utiliza de uma venda nos olhos para não enxergar os pratos, no Jantar Cego tudo acontece na total escuridão.

O jantar terá uma sequência de quatro pratos, com opção vegetariana, acompanhados de vinho ou suco, e servidos por seis garçons com deficiência visual. Tentar descobrir qual é o prato que está a sua frente apenas através do aroma e do sabor, se comunicar com as pessoas desconhecidas a sua volta sem vê-las e apreciar o espetáculo musical sem necessariamente enxergá-lo, são algumas das situações que o Jantar Cego proporciona. Os convidados com qualquer tipo de restrição alimentar deverão citá-la no momento da reserva.

O projeto, cuja parte cultural é produzida através do Proac (lei de incentivo estadual), chama-se Música e Sentidos – Jantar Cego e, além de momentos de entretenimento, tem o objetivo de gerar possibilidades de trabalho, principalmente na área artística, para pessoas com deficiência visual e, ao mesmo tempo, convidar o público a se colocar no lugar do outro, usando a arte e a cultura como ferramentas de inclusão e conscientização da necessidade de uma sociedade mais equilibrada.