Autoridades debatem segurança com conselheiros da ACP

O secretário estadual da Segurança Pública, Cid Marcus Vasques, disse durante debate promovido pela Associação Comercial do Paraná (ACP), que tomará providências urgentes para que as delegacias da Polícia Civil “não só aceitem, mas passem a investigar as imagens de assaltos e delitos registradas por câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais”. A questão foi levantada por um comerciante durante a seção de perguntas e respostas das autoridades.
O evento foi promovido pelos Conselhos de Câmaras Setoriais e do Comércio Vivo, coordenados respectivamente pelos vices-presidentes Camilo Turmina e Jean Michel Galiano, ficando a cargo do coronel Roberson Luiz Bondaruk, comandante geral da Polícia Militar, a conferência de abertura.
Convidado especial do evento, o secretário Cid Marcus Vasques teve um imprevisto pouco antes do início da programação, mas conseguiu chegar a tempo de participar da parte final do debate e responder várias perguntas.
O presidente da ACP, Edson José Ramon, agradeceu a presença do grande número de interessados “na ampliação e fortalecimento do diálogo dos empresários com os governantes, de modo especial nessa área crítica que é a segurança pública”.
“Lutar por um Paraná mais seguro em que o cidadão tenha resguardado o direito de ir e vir e possa vislumbrar um horizonte de segurança para a população, é uma das prioridades assumidas pela ACP”, disse.
O vice-presidente Camilo Turmina reafirmou a importância do diálogo permanente com as autoridades propondo, entretanto, não apenas uma ação mais firme do Estado, mas da própria sociedade exemplificando com a recente campanha contra as pichaçõe.
O coronel Roberson Luiz Bondaruk, ao iniciar sua exposição, revelou um dado realista da luta do aparato de segurança contra a criminalidade: “Hoje à tarde foi sepultado um sargento da PM, morto ontem em combate com marginais que haviam acabado de cometer um assalto”.
Bondaruk ratificou a preocupação da PM com a segurança da rede comercial, em sua avaliação “o coração da cidade”. Nesse sentido, anunciou o ingresso em serviço de mais dois mil policiais entre setembro e outubro, na capital e interior. O comandante lembrou também as unidades de pacificação em bairros com grande índice de criminalidade, que tiveram redução sensível.
O exemplo citado foi o da CIC que “permaneceu 38 dias sem a ocorrência de homicídios”, da mesma forma que as viaturas policiais estacionadas em pontos estratégicos contribuíram para a redução de 17% no número de ocorrências verificadas nas adjacências.