Cirurgia íntima?

A plástica íntima – ou plástica vaginal – virou assunto comentado quando famosas decidiram fazer cirurgia de restauração do hímen e tornaram isso público – porém, pouco se sabe que esse é um dos motivos menos comuns entre as mulheres que procuram o procedimento.
As cirurgias mais procuradas quando se trata da plástica íntima, são o rejuvenescimento vaginal – o ‘design de vagina’ e a labioplastia vaginal. “O primeiro faz com que as paredes do órgão tornem-se mais estreitas, fazendo com que os músculos da vagina fiquem mais apertados. Dessa forma, procedimento aumenta a satisfação sexual das mulheres”, explica o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba – PR.
Assim como outras cirurgias plásticas, o procedimento íntimo tem seus pontos negativos – pois essa é uma cirurgia dolorosa. “Isso acontece porque a vagina é um local em que acontece a circulação terminal. Operar o meio de um órgão é diferente. Porém, quando se trata do final existe uma chance maior de acontecerem os edemas, e, quando incha – o que geralmente acontece – é bem doloroso”, alerta Pacheco. Apesar disso, algumas mulheres seguem com vontade de melhorar a aparência da vagina – e isso é feito por meio da labioplastia vaginal – o segundo principal e mais procurado procedimento em clínicas especializadas.
A labioplastia – ou ninfoplastia, – é uma cirurgia plástica que consiste na remoção de pele dos lábios vaginais. É utilizada geralmente para correção estética quando os lábios crescem de forma anormal ou assimétrica – quando um cresce mais que o outro.
Existem casos em que a cirurgia plástica íntima é justificada por causar inúmeros desconfortos ou até problemas maiores. “Existem mulheres que, por terem o hímen muito rígido, ele nunca é rompido. Em casos extremos pode acontecer a relação sexual pela uretra – o que prejudica aquele órgão. Nesse caso, a mulher não consegue menstruar, porque o sangue não tem saída e acaba sendo absorvido pelo corpo – e, consequentemente, ela não consegue engravidar. Nesse caso, a solução é a cirurgia”, exalta Pacheco, que diz que nesse caso, é preciso que seja feito um ‘corte’ para abrir o hímen.
E, apesar da ‘moda’ da cirurgia para a reconstrução de hímen, o especialista diz que ele não aprova. “Quando é feita a restauração, o hímen se torna mais rígido do que o natural e, com isso, é muito provável que doa mais do que a primeira transa para rompê-lo”, esclarece.