Reza a lenda que para ser um boteco completo tem que ter rollmops. E para ser um botequeiro de primeira tem que comer rollmops. Que assim seja! A forma original da iguaria é montada com filé de arenque na conserva enrolado em um pedaço de pepino em conserva, de cebola ou de azeitona verde. Depende onde o aperitivo é degustado. Como o arenque é encontrado somente nas águas do Atlântico Norte, no Brasil o rollmops é servido com filé de sardinha com pele, normalmente acompanhado com cebola, herança dos açorianos que colonizaram Santa Catarina. Na Europa, por exemplo, o preferido é servido com pepino azedo.
E não é de hoje que bares de Curitiba desafiam seus frequentadores a degustarem o “sushi de macho”. Há mais de 10 anos o Silzeu’s, bar que infelizmente não funciona mais na cidade, promovia no local um desafio contínuo que consistia em o frequentador comer um rollmops e tomar um copo americano de cachaça em menos tempo possível. O ranking ficava em uma espécie de quadro negro do local, onde constavam mais de 100 competidores. O curioso era que sempre que alguém aceitava o desafio, tinha direito a ter um balde vazio ao seu lado, caso algo desse errado (e muitas vezes dava). Mas o que valia mesmo era a farra, já que todo mundo em volta se divertia.
E foi embasado nesse mesmo espírito que aconteceu no sábado passado o 1º Campeonato CanaBenta de Rollmops, que envolveu 60 participantes, entre homens e mulheres, no bar que leva o mesmo nome. Ganhou quem comeu mais em cinco minutos. Mas por lá a tarefa nem foi tão difícil, já que o rollmops em questão foi totalmente adaptado: preparado com filé de tainha, curtido no vinho branco, vinagre, sementes de mostarda e zimbro. Cid Machado degustou 17 e é o recordista no masculino. No feminino a vencedora foi Aline Modesti, que comeu 14. Está lançado o desafio. Quem topa comer mais?