A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem que 38% dos estabelecimentos de alimentação avaliados pelo órgão foram classificados na categoria A e, portanto, mantêm um padrão sanitário considerado ideal.
Ao todo, 1.921 serviços de alimentação em 26 cidades, incluindo 11 das 12 cidades-sede (exceto Salvador), passaram voluntariamente pela inspeção – 41% deles foram classificados na categoria B, 15% na categoria C e 6% como pendentes.
Em relação aos serviços de alimentação localizados em 11 dos 12 aeroportos das cidades-sede (exceto o de Manaus), 53% foram classificados na categoria A, 39% na categoria B, e 6% na categoria C. Dois por cento foram qualificados como pendentes.
A gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, ressaltou que os números desta edição são melhores do que os índices divulgados anteriormente. Em relação ao total de serviços de alimentação avaliados nos dois ciclos, 49% melhoraram, 40% se mantiveram no mesmo patamar e 11% pioraram.
Em relação aos 241 estabelecimentos que constavam como pendentes, 9% passaram a ser classificados na categoria A, 38% na categoria B e 28% na categoria C. Outros 25% permanecem como pendentes.
“O projeto mostra para os cidadãos, para o consumidor, o resultado da inspeção da vigilância sanitária”, disse Denise. “Muitas vezes, o consumidor não sabe o resultado dessa inspeção”, completou.
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, avaliou que a estratégia visa a atacar “algo que já preocupava” – o risco associado ao consumo de alimentos durante períodos como a Copa do Mundo, quando a maioria das pessoas se alimenta fora de casa e em estabelecimentos comerciais.
“Essa ação torna o olhar da vigilância sanitária muito mais frequente e dirigido e possibilita que o próprio consumidor exerça o papel de vigilância”, destacou
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o projeto de categorização dos estabelecimentos de alimentação representa uma oportunidade de fazer o processo de qualificação da vigilância sanitária de maneira diferente. “Temos hoje mais segurança, mais qualidade”, disse. Segundo ele, o governo estuda a possibilidade de universalizar o projeto.