Plano federal não atende demandas dos usuários do Porto de Paranaguá

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da Secretaria de Portos (SEP), Rogério Menescal, apresentou nesta sexta-feira, em Curitiba, o plano do Governo Federal para concessão de áreas do Porto de Paranaguá. Segundo ele, os investimentos devem chegar a R$ 1,6 bilhão. Em audiência na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Menescal disse que serão licitados 10 novos terminais abrangendo as áreas de grãos, fertilizantes, granéis líquidos, celulose, carga geral e veículos. Paranaguá ganhará seis novos berços. Os empreendimentos integram o segundo lote de licitações do Governo Federal, seguindo as diretrizes do novo marco regulatório dos portos.
O plano apresentado não agradou boa por parte dos cerca de 200 empresários e representantes da comunidade portuária, agrícola e industrial que participaram da audiência. Empresários, produtores, membros de cooperativas e representantes da sociedade civil se disseram preocupados com as propostas do governo federal.
O principal questionamento é que a proposta da União desvirtua o que foi discutido na elaboração do Plano de Zoneamento e Desenvolvimento do Porto Organizado (PDZPO), que teve a participação de toda a comunidade portuária e foi aprovado por unanimidade. O plano estadual traça as perspectivas de crescimento do Porto de Paranaguá para os próximos 20 anos.
O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, disse que lamenta a decisão do Governo Federal, pois entende que o Porto de Paranaguá foi tratado como os demais terminais. “Merecíamos um tratamento diferente, haja vista que fizemos o dever de casa. O PDZPO que serviu de modelo para todo o País”, disse, ressaltado que a proposta paranaense cria 20 áreas de expansão.