A adoção do horário de verão no período 2013-2014 representará uma economia de R$ 4,6 bilhões em investimentos que deixarão de ser feitos em geração e transmissão de energia, e de R$ 400 milhões sem o acionamento de usinas térmicas. A estimativa do governo federal foi anunciada pelo secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.
O horário de verão começa à zero hora do próximo domingo (20/10) em 10 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. Nesses locais os relógios deverão ser adiantados em 60 minutos, deixando o domingo mais curto, com 23 horas de duração. A operação inversa, que vai marcar o final do horário de verão, será realizada à zero hora do dia 16 de fevereiro de 2014.
Para o sistema elétrico, a principal vantagem do horário de verão é permitir uma folga nas condições de operação de usinas, linhas e subestações no período crítico do dia, entre 18h e 21h. Essa condição se dá pelo descompasso no comportamento das curvas de demanda máxima das diversas categorias de usuários. O momento de pico do consumo residencial, por exemplo, deixa de coincidir com o pico do acendimento das lâmpadas da iluminação pública, evitando sobrecargas no sistema.
A mesma folga também confere maior flexibilidade para a operação dos equipamentos de transmissão e distribuição de energia, evitando riscos ao atendimento do mercado e, principalmente, minimiza o acionamento de usinas térmicas para suprir a necessidade emergencial por energia. Além do impacto no meio ambiente devido à queima de combustível fóssil, as termelétricas também apresentam um custo de geração maior, onerando as tarifas de energia.
Em termos numéricos, a redução da demanda máxima na ponta no sistema operado pela Copel é estimada em 5% – ou cerca de 220 megawatts, potência equivalente à demanda máxima da área metropolitana de Ponta Grossa.