O advogado da família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido após ser levado para averiguação por policiais da UPP da Rocinha, no dia 14 de julho passado, João Tancredo, confia que terá ganho de causa no julgamento de recurso na justificação de morte presumida de Amarildo.
No último mês de agosto, o juiz Luiz Henrique Oliveira Marques, da 5ª Circunscrição do Registro Civil das Pessoas Naturais, indeferiu o reconhecimento de morte presumida, necessário para obtenção da certidão de óbito, sob a argumentação de que Amarildo estava nas mãos de agentes do Estado e, portanto, em segurança, lembrou Tancredo. Ele participou do ato de apoio à família de Amarildo, na Rocinha, que exigiu do governo fluminense a entrega dos restos mortais do pedreiro para que possa ter um enterro digno.
João Tancredo avaliou que a responsabilidade civil do Estado pelo sumiço de Amarildo deverá ser conseguida sem nenhuma dificuldade.