Reformas no Chile esbarram em regras da época da ditadura

No próximo dia 15 de dezembro, os chilenos voltam às urnas para o segundo turno das eleições presidenciais. Se tudo ocorrer tal como se deu no primeiro turno, a probabilidade de a socialista Michelle Bachelet, que obteve 47% dos votos, derrotar a segunda colocada Evelyn Matthei, candidata de direita, é grande. Evelyn ficou com 25% dos votos.
É o suficiente para aprovar a reforma tributária – a candidata promete cobrar mais impostos dos ricos para financiar planos sociais e reduzir a desigualdade.
A reforma tributária, por exemplo, requer apenas maioria simples (metade mais um) – mas todas as outras, graças à Constituição herdada da ditadura, só são possíveis com 60% de votos.
Principal reivindicação dos jovens, que contam com o apoio de oito em cada dez chilenos, a reforma do sistema de educação requer os votos de quatro sétimos do Congresso.