O Hospital Evangélico, administrado e mantido pela SEB vem sofrendo há alguns anos, desgaste de todos os tipos. A gestão anterior, presidida pelo deputado André Zacharow, foi diversas vezes acusada de supostas irregularidades, dentre elas um um convênio de R$ 7 milhões que a SEB fez com o Ministério do Turismo. Na ocasião, o pagamento de parte dos recursos foi cancelado pela União, diante de constatadas irregularidades na sua aplicação, particularmente quanto à escolha de uma ONG alheia à vida da SEB.
Depois disso, houve o desgaste natural provocado pelp processo de eleição para uma nova administração. Fato que fez os ministros evangélicos e pastores ficarem em posições opostas e levantarem mais acusações publicadas pela imprensa.
Quando a nova gestão assumiu, os funcionários ainda tinham salários atrasados e novos desgastes com manifestações e greves, foram inevitáveis. Quando parecia que as coisas estavam ganhando rumo, vem a tona o caso da médica de 69 anos, que trabalhou por muitos anos nas UTIs do hospital e há cinco anos vinha chefiando uma das equipes. Presa, ficou conhecida como a médica-monstra.
Episódio que teve repercussão nacional e ainda deixou uma indagação no ar: quem avisou as televisões sobre o “espetáculo policial” que elas registrariam naquele fatídica dia? As TVs estavam a postos, na porta do Evangélico, muito antes de chegarem os bravos agentes da delegada com seus 15 policiais…
Chegou-se a falar em plano orquestrado para macular de vez a imagem da instituição.
Pois bem, o que há de se avaliar nessa hora é a necessidade de separar o joio e do trigo. A história do hospital é maior do que os que lá passaram. A história das muitas vidas que lá foram salvas, dos pacientes que, vítimas de severas queimaduras, vinham do interior e até de estados vizinhos para encontrar ali, ajuda técnica especializada.
Que todos os culpados sejam punidos. Sejam eles, médicos, enfermeiros, pastores, administradores, o que for. Mas o centro médico precisa de ajuda, de socorro. E com esse posicionamento, o governo acerta em liberar não recursos financeiros, mas equipamentos para ampliar o potencial de atendimento do hospital, que tem profissionais que mesmo a pão e água, continuaram lá, salvando vidas.