Atividade física: entenda porque ela é um das maiores aliadas no combate à dor crônica

Dores crônicas como lombocitalgia, artrose e cefaleia já fazem parte da vida de 60 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED). A fibromialgia, outra dessas doenças, já atinge 10 milhões de pessoas no país e, quando não é tratada corretamente, causa a depressão, presente em 20% dos pacientes. As doenças consideradas dores crônicas não são fáceis de conviver, mas algumas atitudes do paciente podem ajudá-lo a levar uma vida sem tantos sintomas e com mais qualidade de vida.
Um dos tratamentos mais conhecidos no combate à dor são as atividades físicas. O médico João Marcos Rizzo, explica a importância dos exercícios físicos no combate à dor. “Caminhadas e corridas, por exemplo, têm alto valor de evidência no tratamento das dores crônicas por liberarem endorfina (analgésicos naturais do nosso organismo). Quando a dor é contínua ou intermitente, por um período igual ou superior a três meses, pode ser considerada crônica. É o tempo mínimo para que ocorra a uma memorização da dor pelo sistema nervoso, característica da dor crônica”, explica o médico.
A incidência desses sintomas é maior em um perfil de pacientes, como explica a médica Simone Kurotusche, especialista em medicina esportiva. “As mulheres que tem de 30 a 40 anos desenvolvem doenças como a fibromialgia com mais frequência. Ela atinge uma média de cinco a sete mulheres para cada homem. Uma das hipóteses para maior prevalência da dor crônica entre elas são as questões hormonais, genéticas e de hábitos do dia a dia”.
O especialista Rizzo alerta que as dores crônicas não são exclusivas de idosos. “Sempre tomamos cuidado para não priorizar uma faixa etária, pois todas têm suas doenças dolorosas mais prevalentes e igualmente importantes”. O tratamento pode ser simples, dependendo da gravidade do que a pessoa tem. O que ocorre é que muitas agravam os sintomas cometendo erros que podem ser evitados facilmente.