Este domingo (24) é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose: doença contagiosa transmitida pelo ar que ataca principalmente o pulmão. Segundo dados de 2010 do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) do Ministério da Saúde (MS), no ranking dos 22 países com maior número de casos no mundo, o Brasil ocupa o 17º lugar. Em 2011, o número de novos casos foi de 69.245, enquanto a taxa de mortalidade foi de 4,6 mil. A incidência média é de 36 casos por 100 mil habitantes. A tuberculose é a quarta maior causa de mortes por doença infecciosa e primeira maior causa de mortes dos pacientes com aids no Brasil. A meta do milênio é erradicar a tuberculose até 2050, mas até 2015 o Brasil tem de reduzir os números de casos para até 25,8 para cada 100 mil habitantes.
De acordo com o diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Dr. Oscarino Barreto Jr., apesar de potencialmente curável, a doença é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. A desinformação, a dificuldade de adesão ao tratamento e a resistência microbiana aos medicamentos são fatores agravantes no controle da tuberculose.
Após as confirmações dos sintomas e o diagnóstico da doença, o paciente deve começar o tratamento. A administração de medicamentos durante seis meses, sem interrupção, é diária. Para garantir a continuidade do tratamento até o fim, o existe a Estratégia do Tratamento Supervisionado da Tuberculose (DOTS, da sigla em inglês), programa internacionalmente utilizado, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consiste em assistir o paciente em todo o período terapêutico para erradicação da doença, que tem cura. Muitos doentes param de se tratar por conta própria, se julgando curados por conta do desaparecimento dos sintomas, o que é um erro.
Os principais sintomas da doença são: tosse contínua com produção de catarro acompanhado de sangue; febre; suor excessivo pela noite; indisposição e fraqueza; perda de apetite e de peso. Durante as duas primeiras semanas de tratamento, o doente ainda pode contagiar outras pessoas, por isso é necessário que proteja a boca ao tossir ou espirrar.