Conab estima safra de café em 44,57 milhões de sacas

A segunda estimativa para a produção da safra cafeeira (espécies arábica e robusta) em 2014, indica que o país deverá colher 44,57 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado. A previsão é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo a Conab, com este resultado nesta safra quebra-se a tendência de crescimento da produção que, desde a safra de 2005 vinha se observando nos ciclos de alta bienalidade (alternância anual entre grandes e pequenas produções), inclusive ficando abaixo da última safra que foi de baixa.
O resultado representa uma redução de 9,33%, ou 4,58 milhões de sacas quando comparado com a produção de 49,15 milhões de sacas obtidas no ciclo anterior.
O arábica representa 72,4% da produção total (arábica e robusta) de café do país. Para a nova safra estima-se que sejam colhidas 32,23 milhões de sacas, com redução de 15,81%. De acordo com a Conab, a redução é devido à forte estiagem verificada nos primeiros meses de 2014, ao das podas nos cafezais e à inversão da bienalidade em algumas regiões produtoras.
A produção do robusta, estimada em 12,33 milhões de sacas, representa um crescimento de 13,49%. Segundo a Conab, esse resultado se deve, sobretudo, à recuperação da produtividade, que na safra anterior sofreu com a forte estiagem, e ao crescimento da área em produção, principalmente no estado do Espírito Santo, maior produtor da espécie.
A área total plantada com a cultura de café (espécies arábica e robusta) no país totaliza 2,267 milhões de hectares, 1,9% inferior à área colhida na safra passada e corresponde a uma redução de cerca de 44 mil hectares.
O presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, destaca que a seca em Minas Gerais e as geadas no Paraná afetaram a produção. Segundo ele, houve perdas de 33% em regiões de Minas Gerais e de quase 70% no Paraná. “A tendência era de ter uma produção maior do que essa anunciada hoje, mas questões climáticas afetaram os números finais”, disse. Mesmo com apenas 10% da colheita feita, Santos não espera por recuperação da produção como melhora do clima. “Temos aí uma projeção pessimista em relação ao anunciado hoje”, explicou.