O Paraná já registra mais de oito mil casos confirmados de dengue, considerando o período de agosto de 2013 ao início de maio de 2014, conforme divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado. Desse total, 89 pacientes evoluíram para a forma grave da doença, a dengue hemorrágica. “Nestes casos, não se deve usar medicações que contenham ácido acetilsalicílico, pela probabilidade da piora do sangramento”, diz o clínico médico credenciado da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais, Carlos Sperandio.
De acordo com o especialista, o ácido acetilsalicílico é encontrado em medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios de uso comum no dia a dia. Em casos de dengue hemorrágica, a substância pode potencializar os sangramentos. “O melhor tratamento é com analgésicos simples, como o paracetamol. Porém, é importante ressaltar que a automedicação não é indicada e o paciente deve procurar um médico imediatamente em caso de suspeita de dengue”, alerta.
O quadro de dengue é similar ao da virose comum: dores no corpo e na cabeça, mal estar e febre. No entanto, os sintomas são mais severos: as dores musculares são bastante intensas e a cefaleia é de localização característica, bem atrás dos olhos. Podem surgir manchas de pele, náuseas e vômitos. Outro dado relevante, de acordo com Sperandio, é se o paciente esteve em áreas endêmicas de dengue. “O paciente deverá sempre procurar orientação especializada, em qualquer caso”, explica.
Uma dúvida comum da população é a respeito do uso de antibióticos no tratamento da dengue. “Dengue é uma virose e, como toda virose, não se trata com antibióticos”, diz Sperandio. O clínico médico explica que as doenças bacterianas que são tratadas com antibióticos devem apresentar melhora entre 48 e 72 horas.
Pacientes que não melhoram nesse tempo ou que registram piora no quadro de saúde devem retornar ao médico para reavaliação.
Alguns antibióticos podem fazer uma alergia na pele dos pacientes que são alérgicos. Os tipos mais comuns que causam este efeito são a amoxicilina e outros derivados da penicilina. Sperandio lembra que, sempre que isso acontecer, o paciente deve procurar o médico, que poderá identificar se a lesão de pele é um efeito colateral da medicação ou se é manifestação da doença.