Blocos de concreto: maioria dos fabricantes prevê estabilidade

Estabilidade, com potencial pequeno de crescimento. Estas são as perspectivas dos fabricantes para o mercado de blocos de concreto para o primeiro semestre de 2014, panorama apurado pela pesquisa realizada neste mês de junho pela BlocoBrasil-Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto.
Após um período de intenso crescimento, especialmente entre 2008 e 2010, os fabricantes brasileiros de blocos de concreto passaram a conviver com índices de vendas mais estáveis, especialmente nos grandes centros das regiões Sudeste e Sul, onde a concorrência entre as empresas é muito forte. Porém, regiões com menor concentração de fabricantes e bons índices de crescimento da economia regional, como o Nordeste, Norte, Centro-Oeste e nas regiões mais distantes das capitais em estados como São Paulo, por exemplo, apresentam expectativas de maior crescimento dos negócios setoriais.
Assim, 43,6% dos fabricantes de blocos de concreto de todo o país que responderam à pesquisa prevêem manter as vendas no mesmo nível do primeiro semestre. Já 40,7% das indústrias de blocos de concreto estimam crescer entre 10% a 20% neste segundo semestre de 2014.
O mercado imobiliário continua sendo o principal comprador dos blocos e pisos de concreto (40,7%), com as obras de infraestrutura vindo em segundo lugar (24,07%), mesmo percentual atribuído ao Programa Minha Casa, Minha Vida entre os que prevêem manutenção ou crescimento das atividades.
A economia em retração é o principal motivo, apontado por 39% das empresas, para os que estimam redução das atividades em 2014.
Entre os empresários que apostam no aumento da demanda, as soluções previstas para suprir essa elevação dos negócios são a de contratar mais funcionários (38%), adotar medidas para o aumento de produtividade (33%) e a aquisição de novos equipamentos (28,5), entre outras. Já para os fabricantes que acreditam na diminuição das atividades, as medidas a serem tomadas são a redução do número de funcionários (62,5%) e do número de turnos de trabalho (29%).