Uma nova geração de jovens tem virado as costas para a bebida, as drogas e o cigarro, aponta um novo estudo divulgado. A pesquisa apoiada pelo governo britânico mostra que a proporção de estudantes que experimentaram maconha ou outras drogas ilegais caiu quase que pela metade na última década, e continua caindo ano após ano.
Juntamente com o inédito declínio no consumo de drogas, os resultados mostraram que o nível de alcoolismo entre os estudantes representa somente um terço da taxa da última década, e o cigarro também atingiu a maior baixa nos últimos 30 anos.
A queda nos números pode representar reviravolta histórica. Alguns analistas acreditam que a gravidez na adolescência também tem se tornado menos comuns por que mais garotas querem terminar os estudos e investir na carreira.
Outros especulam que graças ao crescimento das mídias sociais, milhões de adolescentes gastam mais tempo em casa, nos seus quartos, do que nas ruas. As conclusões do estudo foram baseadas em questionários preenchidos durante as aulas de mais de 5 mil alunos entre 11 e 15 anos.
A pesquisa foi elaborada para minimizar o impacto de respostas enganosas ou baseadas em ostentação. Por exemplo, uma pergunta sobre uma droga que nem existe, chamada Semeron, foi inserida para comprovar se as questões estavam sendo respondidas com honestidade.
Os resultados, publicados pelo Government1’s Health and Social Care Information Centre, mostrou que a proporção que experimentou drogas caiu de 30% em 2003 para 16% no último ano. Os usuários regulares de drogas caíram de 12% para 6% ao longo da década. O uso de maconha, que era de 13,3% em 2003, foi de apenas 7% no ano passado.
Uma década atrás, os alunos fumavam uma vez por semana. No entanto, em 2013, 3% relataram fumar um cigarro semanal, o menor número registrado em 30 anos. Um padrão similar foi comprovado entre os hábitos relacionados ao álcool. Um quarto dos alunos haviam bebido na semana anterior que responderam ao questionário, em 2003, contra apenas 9% no ano passado.
Os números sugerem que, atualmente, os jovens estão abandonando a cultura de ‘sexo, drogas e rock and roll’ que marcou a geração baby boom. Embora tenha registrado queda entre o consumo de álcool, cigarro e drogas, o estudo alerta que as drogas ainda representam um risco para jovens vulneráveis.