Infarto é coisa séria. Ocasionado por uma interrupção no fluxo de sangue das artérias que irrigam o coração, a doença tem atingido mais mulheres do que homens, nos últimos tempos. Os sintomas nos homens são mais claros. Forte dor no peito do lado esquerdo e formigamento no braço são alguns dos sinais nítidos nos homens atingidos. Já nas mulheres, o infarto tende a se manifestar de outra forma. Fadiga, náuseas e forte dor na boca do estômago podem ser cruciais para o diagnostico final. “Muitas vezes elas não se dão conta que podem estar infartando, pois conseguem suportar a dor por mais tempo e acabam demorando muito para procurar ajuda”, afirma o cardiologista do Hospital Santa Cruz, Antonio Carvalho Leme Neto.
O infarto silencioso também é bastante comum em pacientes idosos e diabéticos. Por não apresentar dor no peito ou qualquer outro sintoma comum à doença, esse tipo é considerado o mais perigoso, pois revela características não habituais, retardando o diagnóstico.
O tratamento da doença é feito através do procedimento de desobstrução da artéria coronária que pode ser realizada por medicamentos ou cateterismo cardíaco. A alimentação é muito importante para recuperação. Uma dieta balanceada, rica em frutas verduras, legumes e grãos integrais é essencial para aqueles que pretendem manter as taxas de colesterol no sangue em níveis desejáveis. Para o cardiologista Antonio Carvalho, o ideal é que não haja exageros na quantidade de gordura consumida. Ele afirma que é necessário que os pacientes aprendam a escolher as melhores fontes de gordura. “Devemos priorizar alimentos que forneçam maior proporção de gorduras do tipo insaturadas, como a maioria dos alimentos de origem vegetal, e evitar alimentos ricos em gordura saturada e colesterol e os que contenham gordura trans”, conclui.
A atividade física também pode ser uma grande parceira na recuperação. Exercícios como caminhar ou andar de bicicletas são perfeitos para pacientes que já infartaram. A grande vantagem é que tais atividades aumentam a capacidade cardiorrespiratória, elevando a oferta de oxigênio e diminuindo o consumo do gás pelo coração. A intensidade e duração deverão ser estabelecidas pelo médico, de acordo com o histórico do paciente. Em uma segunda etapa da recuperação, a critério médico, pode ser incluída musculação, para ampliar a resposta muscular, a força e a potência do indivíduo. Vale ressaltar o acompanhamento médico é imprescindível, e que as atividades são podem ser realizadas 60 dias após a alta médica.
A regularidade dos exercícios é fundamental para o benefício ao sistema cardiovascular e respiratório.
Há aqueles que acreditam que ocorre apenas em fumantes. Os fumantes têm sim mais chances de infartar, mas pode acontecer com aqueles que não são tabagistas. Algumas pessoas pensam que após o infarto, o individuo não poderá ter a mesma qualidade vida de antes. Com o tratamento rápido e adequado é possível dar ótima qualidade de vida para estas pessoas que infartaram.
Fotos: Divulgação.