
De acordo com o relatório Estimativa 2014/2015 – Incidência de Câncer no Brasil -, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados cerca de 576 mil novos casos da doença neste ano. No Dia Nacional de Combate ao Câncer, marcado pelo dia 27 de novembro, os mesmos dados revelam que a incidência da doença no mundo cresceu 20% na última década.
Jerusa Miqueloto, oncologista e hematologista do Laboratório FrischmannAisengart, explica que existem diversos tipos de câncer, elenca quais são os mais comuns, excluindo o câncer de pele não melanoma, nos homens e nas mulheres. “A incidência maior de câncer no sexo feminino é o câncer de mama, cólon e reto, e colo do útero. Já nos homens, o mais comum é o de próstata, pulmão e também cólon e reto”, explica.
A oncologista alerta que o câncer é um problema de saúde pública mundial e que as estimativas ainda informam que, até 2030, esperam-se 27 milhões de novos casos da doença no mundo, isso provavelmente influenciado pelo envelhecimento da população, bem como aos hábitos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo, por exemplo).
Entre os exames complementares na área da oncologia, existem os marcadores tumorais. De acordo com a Dra. Jerusa, estes marcadores são substâncias detectadas principalmente no exame de sangue e que aumentam na presença de tumores malignos.
A especialista explica que os marcadores tumorais, em sua maioria, são proteínas ou pedaços de proteínas produzidas diretamente pelo tumor ou pelo organismo, em resposta à presença do tumor. Eles têm sido usados como apoio no diagnóstico, detecção de recidivas, além de ajudar na decisão do tratamento a ser feito. “Eles são exames laboratoriais que ajudam o médico prioritariamente no acompanhamento de pacientes com diagnóstico já estabelecido de alguns tipos de câncer, mas não são indicados para o diagnóstico inicial de alguns tipos de neoplasias”, diz a Dra. Jerusa.
Por isso, os testes para marcadores tumorais costumam ser feitos junto com outros exames para detectar e diagnosticar alguns tipos de câncer, sempre sendo indicados conforme a necessidade particular de cada caso, sendo determinada pelo médico oncologista assistente, pois a maioria dos marcadores pode ser encontrada em níveis elevados em pacientes que têm condição não cancerosa ou, ainda, porque nenhum marcador tumoral é totalmente específico para um tipo particular de câncer. Além disso, nem todos os pacientes com câncer têm um nível elevado de marcador tumoral.
“Mas o uso de marcadores tumorais é considerado um avanço médico e a tendência é que, no futuro, eles sejam cada vez mais específicos para um determinado tipo de câncer e que possam ser utilizados para detectar a presença do câncer antes dos primeiros sintomas”, revela a oncologista.
“Atualmente, estudos aprofundados vêm mostrando um maior detalhamento das células cancerígenas e, com isso, tem se conseguido criar marcadores mais específicos relacionados a cada tipo de tumor “, finaliza a médica.
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