Após um fraco desempenho do comércio internacional em 2012, em decorrência dos impactos da crise econômica internacional principalmente em alguns países europeus, o ano começa com tendência de crescimento lento. A Organização Mundial do Comércio (OMC) avaliou para baixo as previsões sobre 2013. A projeção, segundo a OMC, é que o crescimento siga em nível moderado de cerca de 3,3% no ano.
O crescimento do comércio mundial caiu para 2 % em 2012, comparado com 5,2% em 2011. Em documento divulgado pelo órgão, os observadores advertem que os efeitos da crise em 2012 devem ser avaliados como um alerta sobre a fragilidade da economia global. A prioridade deve ser “reparar” as fragilidades, segundo a organização.
A forte desaceleração no comércio no ano passado foi atribuída ao crescimento lento nas economias desenvolvidas e aos repetidos episódios de incerteza sobre o futuro do euro. Pela avaliação da OMC, o crescimento da China deve se manter como o mais rápido em comparação a outras grandes economias, reduzindo assim as possibilidades de impacto da desaceleração.
As exportações permanecem, porém, limitadas pela fraca demanda na Europa. De acordo com os observadores da OMC, o ano de 2013 parece destinado a ser “quase uma repetição” de 2012, com expansão lenta do comércio e da produção, abaixo da média de longo prazo.
“Os acontecimentos de 2012 devem servir como mensagem, mostrando que as fraquezas estruturais das economias que sofreram com a crise econômica não foram completamente curadas, embora ocorra progresso significativo de recuperação em algumas áreas. Reparar essas fissuras deve ser a prioridade em 2013 “, analisou o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.
Pelo estudo, o crescimento do comércio em 2013, de 3,3%, está abaixo da média de 5,3% dos últimos 20 anos e também em tendência de baixa, registrada no período de 1990-2008, que foi 6%. De acordo com os analistas da OMC, a incerteza na zona do euro (17 países que adotam a moeda única) devido à crise econômica e seus impactos reduziu as importações da União Europeia em 2012 e afetou os parceiros comerciais.