Você, o que faria / Se o mundo fosse acabar? / E só lhe restasse este dia para viver. Impelida a encontrar a resposta para a pergunta embalada no samba-enredo da Mocidade, Claudia Leitte aceitou a proposta de se tornar rainha e desfilar à frente da bateria da escola de Padre Miguel no carnaval deste ano. Afinal, a mesma pergunta é feita pela própria cantora em sua música “Matimba”: “O que é que você vai fazer se o mundo acabar amanhã de manhã?”
Em busca de encontrar em si a resposta, e também de viver um desafio, Claudia Leitte desfilará pela primeira vez na Sapucaí. O nervosismo da estreia, no entanto, não abala o otimismo de uma artista que está acostumada a protagonizar o carnaval em trios elétricos.
“Eu canto 6 horas no trio com a responsabilidade toda nas costas, durante 4 ou 5 dias de carnaval. Me preparei lá [na Bahia] a vida inteira só para estar aqui [no Rio] este momento”, empolga-se a gonçalense de nascença e baiana de sotaque.
No primeiro teste, Claudia Leitte já passou. No dia 25 de janeiro, ela participou de ensaio técnico da Mocidade e considera que foi bem. Embora não seja sua praia, sambar não foi exatamente a principal dificuldade de Claudia Leitte no ensaio técnico. Acostumada a cantar, sempre com o microfone em punho, ela teve que se adaptar para deixar as mãos livres.
“Nunca me movimentei muito na parte de cima do corpo, os membros superiores. Atinei para o fato de que rainhas tem muito a marcação aqui em cima [nos braços], tive que esquecer um pouco da minha ferramenta de trabalho e, quando consegui deixar isto no meu subconsciente, acho que relaxei na avenida”, explica.
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