Apesar de a Corte de Apelações do Egito ter autorizado a libertação do ex-presidente Hosni Mubarak, de 84 anos, processado por acusação de crimes de assassinato durante as manifestações que levaram à sua saída do poder, em 2011, o antigo dirigente será mantido preso. É que Mubarak responde também por mais crimes, como desvio de recursos e corrupção.
A ordem de libertação da Justiça egípcia se refere apenas ao processo de morte dos manifestantes. A defesa de Mubarak pediu sua libertação alegando que a legislação do país determina que, após dois anos de cumprimento de prisão preventiva, o acusado deve ser liberado.
Em junho de 2012, Mubarak foi condenado à prisão perpétua por responsabilidade na morte de manifestantes. O balanço oficial é que cerca de 850 pessoas morreram na ocasião. Mas o tribunal anulou a decisão por considerar que houve irregularidades.
No último dia 13, o julgamento de Mubarak foi suspenso porque o juiz Mustafa Hassan Abdullah renunciou ao caso. Mubarak compareceu ao tribunal apresentando bom estado de saúde. A televisão mostrou o ex-presidente, de 84 anos, levado em uma maca e fazendo saudações às pessoas, em sua primeira aparição pública desde junho, quando foi condenado à prisão perpétua.