O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a recuar em abril, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O ICF apresentou recuo de 1,2% (130,6 pontos) na comparação com março, e queda de 3,8% em relação a abril de 2012.
Entretanto, a pesquisa mostra que, apesar do novo recuo – o ICF também caiu 2,5% em março deste ano, em relação a março do ano passado, repetindo tendência de janeiro e fevereiro – os índices mantêm-se acima da zona de indiferença (100 pontos), indicando um nível favorável de consumo.
Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a previsão da Divisão Econômica da CNC é que o volume de vendas do varejo obtenha um crescimento ao redor de 6,5% em 2013.
De acordo com a CNC, os principais responsáveis pela queda do otimismo em abril – tanto na variação mensal quanto na anual – foram a inflação, a manutenção do nível ainda elevado de endividamento e o menor otimismo com o mercado de trabalho.
O resultado do índice, na comparação mensal, foi sustentado principalmente pela retração da confiança das famílias com renda acima de dez salários mínimos, com redução de 2,2%.
As famílias com renda abaixo de dez salários mínimos apresentaram variação negativa menor, de 0,9%. O ICF das famílias mais ricas aparece com 138,4 pontos e o das demais alcança 129,1pontos.
As famílias com renda até dez salários mínimos registraram recuo mensal no quesito momento para duráveis – quando as famílias consideram que não é oportuno adquirir bens como eletrodomésticos e automóveis- com variação de -2,1%, enquanto aquelas com renda acima de dez salários mínimos aumentaram em 1,4%.
O componente nível de consumo atual apresentou quedas de 0,7% e 3,6% nas comparações mensal e anual. O maior percentual de famílias declarou estar com o nível de consumo igual ao do ano passado (38,2%).