Crianças estão cada vez mais acima do peso, diz especialista

Bolachas, salgadinhos, refrigerante e muitas outras guloseimas. O que antes era consumido apenas de forma esporádica acabou se tornando parte da rotina de muitas famílias brasileiras. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) – divulgada na semana passada – 60,8% das crianças de até dois anos já comem biscoito, bolacha ou bolo e 32,3% tomam refrigerante e suco artificial. Como resultado da alimentação desequilibrada e da falta de interesse pela prática de exercícios físicos e esportes, 56,9% dos brasileiros estão com excesso de peso. “Os novos hábitos da vida moderna, que privilegiam as refeições rápidas e práticas, tornaram a obesidade um dos maiores problemas da saúde pública, que já está afetando inclusive crianças”, explica Marcos Kozlowski, bioquímico e responsável técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas.
Toda essa preocupação tem sentido, já que a obesidade está relacionada a males crônicos, como diabetes, doenças cardiovasculares, cálculos biliares e até mesmo alguns tipos de câncer. Para diagnosticar a doença, além do histórico clínico do paciente, é preciso realizar uma série de exames. “Um dos mais importantes é o que mede o colesterol. Em excesso, ele pode se depositar nas artérias e provocar seu entupimento”, afirma o bioquímico. Mas ainda existem ainda outros testes importantes, solicitados pelo médico após uma consulta minuciosa.
Para prevenir ou tratar a obesidade, não existe outra saída: alimentação adequada e atividades físicas. “A geração das mídias sociais e do fast food precisa mudar seus hábitos. Não é preciso ser radical e abolir tudo que as crianças gostam, mas bom senso é fundamental”, explica Kozlowski. O recomendado é que os pais fiquem atentos ao peso dos filhos, principalmente se a família tiver casos de obesidade. Incluir verduras, frutas e legumes no prato, além de incentivar a prática de esportes e de brincadeiras como correr, pular e andar de bicicleta pode contribuir – e muito.

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