A vacina é a maneira mais eficaz de prevenir doenças e garantir a saúde das crianças. O calendário de vacinação adotado pelo Ministério da Saúde prevê diversas vacinas. No entanto, deixa de fora algumas recomendadas e que combatem doenças como varicela, meningite, hepatite A, dentre outras. É o que afirma Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Frischmann Aisengart, que explica abaixo quais são as principais vacinas não cobertas pelo governo e sugeridas para crianças:
Hepatite A – É necessário o esquema completo (duas doses) para que se obtenha a proteção esperada pela vacinação. É indicada a partir de um ano de idade, devendo-se seguir o esquema de duas doses, com intervalo de seis a 18 meses entre a 1.ª e a 2.ª dose. Caso o intervalo entre as doses tenha sido ultrapassado não há necessidade de recomeçar o esquema, pois basta apenas completá-lo. Esta vacina pode estar combinada com a vacina contra a Hepatite B. Neste caso, deve-se seguir o esquema adotado para a Hepatite B, com três doses.
Catapora / Varicela – Indicada para crianças que completaram um ano de idade (nove meses para um dos fabricantes). O esquema consiste na aplicação da primeira dose com nove meses ou 1 ano de idade e uma segunda dose aos quatro anos. Esta dose de reforço pode ser antecipada e aplicada três meses após a primeira dose. Adolescentes maiores de 13 anos de idade e adultos recebem duas doses com intervalo de três meses entre as doses. Hoje também está disponível a tetraviral contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, reduzindo, assim o número de aplicações.
Meningite – Chamada de Meningocócica quadrivalente ou ACWY conjugada, esta vacina era inicialmente indicada para pessoas entre 11 e 55 anos, mas recebeu a aprovação para maiores de dois anos, para crianças com risco de contrair a doença. Na rede pública, a vacina protege contra o meningococo do tipo C. Esta protege contra quatro tipos.
Coqueluche – Penta. A vacina contra Difteria-Tétano-Coqueluche acelular, Poliomielite inativada e Haemophilus influenzae tipo B (Hib) é também conhecida como vacina pentavalente. É composta pela combinação de toxoides Diftérico e Tetânico e de bactérias inativadas e purificadas (acelular) da Coqueluche, vírus inativados da Poliomielite e bactérias Haemophilus influenzae tipo B inativadas. A proteção induzida pela vacina só atingirá os níveis esperados após o esquema completo. De acordo com o calendário de vacinação, é indicada a todas as crianças aos dois, quatro e seis meses de idade. Aos seis meses é possível utilizar a vacina hexavalente, que agrega a vacina contra hepatite B, reduzindo o número de vacinas. Reforços contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Poliomielite são feitos aos 15 meses e entre quatro e seis anos. Alguns calendários também recomendam o reforço contra Haemophilus B aos 15 meses. Reforços contra Difteria e Tétano são feitos aos 15 anos e a cada dez anos, consecutivamente, podendo ser feitos com a vacina Dupla adulto ou com a vacina dTpa adulto (coqueluche).
Pneumocócica 13valente conjugada- É indicada para crianças a partir de dois meses de idade até cinco anos 11 meses e 29 dias. Crianças menores de sete meses recebem três doses, com intervalos de um a dois meses entre as doses, e uma 4.ª dose com 12 a 15 meses de idade. Crianças entre sete e 11 meses recebem duas doses, com intervalo de um mês entre as doses, e uma 3.ª dose com 12 a 15 meses de idade. Crianças entre 12 e 23 meses recebem duas doses, com intervalo de dois meses entre as doses. Crianças entre dois anos e seis anos incompletos recebem uma dose única.
Rocha, que também é especialista em Medicina do Viajante, lembra que outras vacinas que podem vir a ser indicadas para maiores de dois anos de idade com viagem programada para áreas de risco, também não disponíveis na rede pública no momento, são: vacina contra febre tifoide e Dukoral, esta última contra cólera e diarreia do viajante.