No mundo moderno, a ansiedade é um sentimento cada vez mais presente na vida de todos nós. Ela pode ser causada por inúmeros fatores, desde o estresse devido ao excesso de trabalho, até doenças, dietas inadequadas, má qualidade do sono, problemas emocionais ou familiares, entre outros. Em momentos de tensão, ela é potencializada e, em casos específicos, pode desencadear impactos bastante negativos para a saúde.
Segundo a gerente médica da unidade MIP (Medicamento Isento de Prescrição) do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Dra. Talita Poli Biason, quando a ansiedade é leve e passageira, o ideal é realizar ajustes na rotina, incluindo a prática regular de atividades físicas, hábitos alimentares adequados e boas noites de sono, por exemplo. “Caso os episódios de ansiedade se tornem crescentes e contínuos, a pressão arterial pode começar a se elevar, o que é bastante perigoso o bom funcionamento do organismo”, alerta.
Especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal de Ouro Preto e da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) realizaram uma revisão bibliográfica sobre a influência dos fatores emocionais na pressão arterial. No estudo, foram apresentados os efeitos da ansiedade, da felicidade e da raiva em pacientes que sofriam de pressão arterial limítrofe, ou seja, a pressão ligeiramente superior a 140/90 mmHg e mais baixas em alguns momentos. Concluiu-se, a partir das relações pesquisadas, que os três estados emocionais elevam a pressão arterial, encontrando-se forte associação entre a intensidade da ansiedade e a pressão arterial diastólica (a que possui o menor valor durante a aferição).
O estudo também aponta que em situações de ansiedade, o cérebro prepara o corpo para a ação como forma de resposta, elevando a pressão arterial, a frequência cardíaca e a respiração, logo, existe uma ligação entre as emoções e o sistema cardiovascular.
Pode-se compreender, portanto, que pessoas ansiosas têm maior risco de sofrer com picos da pressão, por isso, é necessário se atentar às exposições diárias de estresse e tensão, seja no ambiente profissional ou pessoal, a fim de evitar a evolução da ansiedade para níveis alarmantes. “Vivemos em uma sociedade extremamente estressada, as exigências de desempenho, a competitividade e as escolhas pessoais e profissionais têm peso enorme e caminham paralelas aos fatores emocionais. Por isso, é essencial dar atenção a certos tipos de emoções para evitar que a ansiedade se torne um problema que atrapalhe o cotidiano”, explica Dra. Talita.
Nestes casos avançados ou preocupantes, o indicado é buscar ajuda médica e tratamento especializado, mas quando se tratar de um quadro de ansiedade menos intenso ou em estágio inicial podem ser utilizados medicamentos fitoterápicos, como os que contêm Passiflora incarnata L., pois são calmantes, sedativos e ansiolíticos, auxiliando na redução da ansiedade, da irritação e do estresse.