Acontece na Política: Os fantasmas de Dilma

Dois fantasmas assombram o PT de Dilma Rousseff atualmente. O processo inflacionário que dá sinais de manter seu ritmo acelerado e o surgimento de novos partidos, que desejam dar mais sustentação para oposição. Até 2014, Dilma deverá descobrir como enfrentá-los para ter êxito em sua investida à reeleição.

Hora da fatura
A missão não será fácil. A atual situação econômica foi herdada pelo seu antecessor. O então presidente Lula não soube aproveitar como devia a conjuntura internacional favorável, que podia ter sido utilizada para colocar o país rumo ao desenvolvimento. Como um projeto sustentável não dá resultados eleitorais em curto prazo, a opção de Lula foi priorizar planos assistencialistas às camadas mais baixas e sacrificar a classe média com altos impostos. Agora, o preço está sendo cobrado à sucessora.

Empurrar com a barriga
A saída para equipe econômica de Dilma é manter uma política pouco ousada para que não corra riscos de incentivar um processo hiperinflacionário. O caminho mais simplista é o aumento gradativo da taxa de juros. O que para o Brasil significa o atraso. Seria como empurrar o governo com a barriga até o término do primeiro mandato e esperar a realização de uma campanha eleitoral milionária, com intenção de manter a ilusão à maioria da população.

Obstrução à democracia
Em relação ao surgimento de novos partidos, o governo federal tenta obstruir o processo com atitudes pouco ou nada democráticas. Com o Congresso no bolso, o Executivo pressiona a aprovação da proposta que impede o repasse de fundo partidário e tempo de TV para as novas agremiações. Atualmente existem 27 siglas que tentam a legalização. A estratégia é uma maneira de o PT não levar para o segundo turno a eleição presidencial.

Novas agremiações
Mesmo tentando impedir o surgimento de novas agremiações, alguns partidos já começam a se articular. É o caso da Rede Sustentável, de Marina Silva, que percorre as capitais coletando assinaturas necessárias para o seu registro, a MD (Mobilização Democrática) que nasceu da fusão do PMN com o PPS e tem intenção de engrossar a oposição e o Solidariedade, do ex-pedetista Paulinho da Força, ex-aliado de Dilma.