Dizem nos bastidores da Câmara Municipal de Curitiba que a maioria da bancada tucana levará um puxão de orelhas do diretório municipal do PSDB. O alinhamento dos vereadores Serginho do Posto, Beto Moraes e Felipe Braga Cortes ao prefeito Gustavo Fruet (PDT) não está agradando a sigla. Os tucanos entendem que a postura correta é a oposição à administração municipal já que o partido apoiou Luciano Ducci na última eleição. O único vereador que adotou o comportamento oposicionista foi Professor Galdino (PSDB).
Tucanos na situação
Aliás, Galdino até pouco tempo foi o líder da bancada do partido na Casa Legislativa. Ele teria sido retirado do cargo porque os demais colegas de sigla não sustentavam simpatia por sua postura oposicionista. Quem assumiu a liderança foi Felipe Braga Cortes, com objetivo de evitar a migração da legenda à oposição. Desta maneira, Professor Galdino foi isolado na bancada.
Infidelidade no ninho
Quem não deve estar nada satisfeito com o comportamento dos tucanos é o governador Beto Richa (PSDB). Com essa postura, Braga Cortes, Beto Moraes e Serginho do Posto fortalecem a presença de Gustavo Fruet na Câmara. Vale lembrar que o prefeito é o principal palanque da pré-candidata ao governo, Gleisi Hoffmann (PT), em Curitiba.
Gleisi costura
com PV e espera PSD
Já o PT está correndo atrás de apoios tanto na esfera nacional como estadual. A indicação de Afif Domingos a um ministério de Dilma garante o PSD no bolso do governo federal. O acordo garante 55 deputados federais a mais na base de Dilma. No Paraná, aliados de Beto Richa como Eduardo Sciarra e Reinhold Stephanes deverão mudar de lado para apoiar a petista Gleisi Hoffmann. Além do PSD, Gleisi corre atrás, também, do PV da deputada federal Rosane Ferreira.
Aliança pouco provável
Com o PMDB, o buraco é mais em baixo. Mesmo o partido sendo um aliado constante do PT em âmbito nacional, no Paraná a maioria da sigla sustenta simpatia pela coligação de Richa. A bancada dos deputados do PMDB não avalia outra possibilidade.