

O que uma luminária de design inspirado em ícones curitibanos, um ventilador que borrifa “neblina”, tecidos estampados de baixo custo e casas para pets feitas de papelão a um custo de R$ 3,70 têm em comum? São produtos de design resultantes do projeto Digitais Curitibanas, que nesta terça-feira, 22/11, chegou à sua quarta etapa com a apresentação de pitchs na Capela Santa Maria.
Promovido pela Agência Curitiba de Desenvolvimento em parceria com o Centro Europeu e tendo a Unicred como apoiador, o projeto buscou inspirar seus participantes a criar negócios da economia criativa a partir de elementos históricos de Curitiba.
Na primeira fase, o projeto reuniu 1427 imagens de detalhes arquitetônicos de Curitiba anteriores a 1950. Todas as fotos foram produzidas sob a orientação de profissionais do Centro Europeu.
Numa etapa posterior, 75 ícones foram criados a partir das fotos, novamente com a orientação é a participação de professores e alunos do Centro Europeu. Dez ícones foram selecionados para a criação de 20 produtos inovadores, detalhados em planos de negócios.
Além dos produtos de design, a série de pitchs também envolveu dois jogos digitais inspirados em Curitiba, capas e outros acessórios para chuva produzidos com material reciclado, uma coleção de roupas para clima frio disponível para a locação de quem vier passar alguns dias em Curitiba e ainda brindes e acessórios produzidos com retalhos de pano e lona que seriam descartados.
A Unicred, apoiadora do projeto Digitais Curitibanas, considera que o objetivo de estimular a inovação foi plenamente alcançado. “Nos identificamos assim que conhecemos o projeto, pois inovação, soluções ganha-ganha, serviços humanizados, conexão e urbanidade são elementos do projeto que fazem parte do DNA da Unicred”, afirmou Wesley Bon. Para o executivo, o incentivo à preservação da identidade cultural da cidade que acolheu a Unicred no início de 2016 é outro ponto positivo do projeto.
Gina Paladino, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, também destaca a sintonia com a cooperativa urbana. “Os associados da Unicred são profissionais liberais de bom poder aquisitivo. Esse é justamente o perfil de quem atua na economia criativa”, afirma. Gina também destaca que mais importante que os resultados foram os meses de trabalho das Digitais. “Centenas de pessoas pararam para refletir sobre a economia criativa e sobre o uso de ícones da cidade nos produtos e serviços criados”, explica Gina, destacando que a metodologia do projeto é replicável.
Carlos Sandrini, presidente do Centro Europeu, considera muito produtiva a parceria com a Agência Curitiba no projeto. “Há 25 anos atuamos na economia criativa. Com esse projeto, reforçamos essa vocação. Além disso, valorizamos o patrimônio artístico e cultural da cidade.”
A maioria dos finalistas do concurso são de Curitiba, no entanto a cidade de Cianorte, Cascavel e Goiânia também foram representadas por projetos inovadores com a identidade curitibana. No encerramento do evento um coquetel foi oferecido aos convidados que foram presenteados com a apresentação do grupo de música celta Iluminatta.