A Secretaria de Saúde do México confirmou o primeiro caso de microcefalia associado a uma infecção pelo vírus da zika no país, que corresponde a uma bebê que nasceu em 5 de novembro de 2016 e morreu no momento do parto.
A bebê nasceu por indução do parto depois de uma gestação de 33,5 semanas (nascimento prematuro), com peso de 995 gramas e tamanho de 34,5 centímetros, afirmou a instituição em comunicado, acrescentando que a mãe é uma mulher de 25 anos originária do estado de Oaxaca (sul).
A investigação e confirmação do caso estiveram a cargo do Instituto Nacional de Perinatologia Isidro Espinosa dos Reis, na Cidade do México, onde há vários meses se aplica um protocolo para identificar defeitos de nascimento relacionados com infecção por vírus zika na mãe.
“É por isso que o estudo minucioso desta paciente levou várias semanas até sua plena confirmação”, segundo o boletim.
Referiu que após uma exaustiva avaliação ao nascimento, foi diagnosticado microcefalia com diversas complicações como retrognatia (alteração facial caracterizada por ter um ou os dois maxilares retrocedidos), limitação da extensão das extremidades inferiores e deslocamento do joelho esquerdo.
Através de estudos especializados se detectou a presença do vírus da zika em líquido amniótico, informa o boletim.
A instituição advertiu que existe a possibilidade de que possam acontecer mais casos de microcefalia relacionados ao zika no país, por isso que se mantém ativa a vigilância epidemiológica e o protocolo de confirmação e acompanhamento.
Desde novembro de 2015 até janeiro de 2017 foram confirmados 7.634 casos autóctones de infecção por zika no México, dos quais 23 correspondem a este ano.