Alguns estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo deram início à campanha contra a febre amarela junto com alguns estados, mas a população ainda está tendo grande dificuldade em encontrar a vacinação nos postos de saúde. Segundo o coordenador do curso de administração de empresas da Faculdade Mackenzie Rio, doutor em políticas públicas de saúde e especialista em gestão em saúde, Alessandro Paiva, a realização de uma campanha de vacinação contra a febre amarela efetiva vai evitar um colapso no sistema de saúde em curto prazo.
“Com o maior fabricante de vacinas do país, a Fiocruz, já operando com a capacidade máxima, a grande preocupação é saber se toda a população dos estados que registraram casos da doença será imunizada. Para suprir a demanda, a fabricação da vacina precisa ser mais rápida e a falta do insumo em alguns postos é preocupante. Por isso, é necessário um planejamento correto para evitar uma epidemia da doença que poderá gerar gastos ainda maiores como a internação e superlotação dos hospitais de emergência. Só para se ter uma ideia, o governador de Minas Gerais anunciou a liberação de R$ 26 milhões para o combate à febre amarela nas áreas afetadas. O custo de produção de uma dose da vacina é irrisório, sendo mais barato produzir e promover uma vacinação em massa, utilizando, por exemplo, o exército, do que arcar com os custos de internação da população”, analisa.