De acordo com a Entidade, apesar de não ser um número para se comemorar, a queda de 0,4% é um alento em relação à média de 2016, que começou com queda de 5,4%, passando para -3,6%, -2,9% e -2,5%. Além da evidente trajetória positiva, o ritmo da recuperação se acelerou do final do ano passado para o começo deste ano.
O resultado foi puxado pelo Setor Externo (exportações e importações), especificamente pelo Agronegócio, com alta de 15,2%. Na avaliação da Entidade, esses dados mostram que o Brasil permanece com os mesmos gargalos de produção e estrutura produtiva de décadas, dependendo fortemente desses dois setores, ainda que tenha um mercado consumidor potencial gigantesco. A FecomercioSP acredita, porém, que esse desempenho certamente vai se espalhar gradativamente pelo resto da economia, mas a retomada é, por si só, um processo lento e gradual de difusão entre setores.
Sob a ótica da demanda, o consumo das Famílias ainda está caindo em relação ao ano passado (-1,9%), assim como o do Governo (-1,3%). Na avaliação da FecomercioSP, a redução da participação do Governo na economia é uma boa notícia porque abre espaço para o investimento do setor privado. A Entidade pondera que a queda de 3,7% na Formação Bruta de Capital Fixo (investimento) em relação ao mesmo período de 2016 retarda a retomada da economia, embora os índices estejam melhorando em relação ao ano passado. Em igual período de 2016, a queda foi de 17,3%.
A FecomercioSP acredita que os resultados divulgados pelo IBGE são claramente melhores que os anteriores e que, pelo ritmo dessa trajetória de progresso, apontam para um crescimento efetivo já nas próximas divulgações.