O inchaço, a sensação de peso e o cansaço nas pernas ao final do dia são os principais sintomas das varizes e varicoses, que atingem cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além da questão estética, elas podem causar sérios riscos para a saúde. Por isso, com temperaturas mais baixas, o inverno é o momento ideal para o tratamento. “Nesta época, a menor exposição das pernas ao sol evita as esquimoses temporárias, que são as manchas roxas, e as cicatrizes aparentes, facilitando a recuperação”, afirma o médico especialista em angiologia, cirurgia vascular e endovascular, Dr. José Fernando Macedo, do Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular de Curitiba (IACVC).
Ocasionadas pelo enfraquecimento da parede venosa, as varizes e varicoses podem ser combatidas com diferentes tipos de tratamento. Mas, é preciso buscar, com auxílio de especialistas, o mais adequado para cada caso. Entre os mais indicados estão a cirurgia convencional, radiofrequência, laser, escleroterapia e espuma.
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Cirurgia convencional: o método que apresenta o resultado mais eficiente a longo prazo, é indicado para pacientes acima dos 50 anos. Consiste na ligadura ou na retirada das veias e o procedimento mais adequado depende da localização, tamanho e extensão dos vasos afetados.
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Radiofrequência: minimamente invasiva, a técnica elimina as varizes com o calor. É realizada por meio da inserção de um catéter e aquecimento da parede da veia com temperatura controlada por radiofreqüência, ocasionando o fechamento da veia doente e fazendo com que o sangue redirecione para veias saudáveis.
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Laser: utilizado para diferentes estágios de varizes, o laser pode ser indicado tanto para o tratamento dos pequenos vasinhos quanto em caso de comprometimento da veia safena (pois assim não é necessário removê-la).
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Escleroterapia: aplicações de pequenas injeções de glicose e anestésico em vasos pequenos. É indicada para pacientes que não possuem nenhum tipo de alergias e complicações.
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Espuma: disponível há pouco tempo no Brasil, impede a passagem do sangue na veia que está doente. É menos invasiva para pacientes com hipertensão venosa, varizes calibrosas, úlceras de perna ou risco aumentado para o tratamento convencional (cirurgia). O especialista aplica com a seringa um medicamento em forma de espuma e injeta no vaso com o auxílio de um aparelho de ecografia vascular.
Se não tratadas, as varizes podem causar sérias complicações ao paciente. “Com a veia dilatada, sua parede mais fina e a pressão aumentada em seu interior, durante muitos anos, corre-se o risco da chamada dermatite ocre, que é a mancha escura na pele. Outra complicação é a tromboflebite superficial, que forma um coágulo no interior da veia e causa dor e inflamação. Esse trombo pode levar à trombose venosa profunda e até a embolia pulmonar”, explica o especialista.
Por isso, a melhor saída é a prevenção. Para evitar problemas vasculares é imprescindível manter hábitos saudáveis, como a alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. “É importante exercitar os músculos da panturrilha quando se passa muito tempo sentado, evitar o tabagismo e controlar a pressão arterial”, ressalta Macedo.