Copel adquire torres modulares para atender emergências

Uma nova tecnologia de fabricação nacional vai acelerar o tempo de recuperação do sistema elétrico em caso de interrupção do fornecimento de energia. Ao custo de R$ 1,5 milhão, a Copel adquiriu estruturas modulares de fácil transporte, que permitem construir torres temporárias de distribuição de energia com grande agilidade.
As estruturas substituem torres danificadas em temporais enquanto estas são consertadas, e também possibilitam realizar obras de manutenção da rede elétrica com interrupções mais curtas do fornecimento.
“São equipamentos menores e mais fáceis de transportar que uma torre convencional”, explica o gerente da Divisão de Manutenção Eletromecânica e Subestações da Copel, Gilson de Almeida. “Assim, é mais rápido levá-las a locais de difícil acesso e montá-las, restabelecendo o fornecimento de energia enquanto é realizada a complexa operação de reconstituição das estruturas danificadas”.
As estruturas adquiridas pela Copel permitem a construção de até 12 torres temporárias. Em trechos de difícil acesso, o transporte de um tubo de aço de seis metros de comprimento e 62 kg pode ser feito por até três homens – e sua montagem por até seis. De formato triangular, as torres são içadas manualmente ou com uso de guinchos utilizando apenas um ponto de apoio, e são sustentadas por pelo menos seis cabos de aço. Dispensam, assim, as escavações necessárias à fixação da base das estruturas permanentes.
Uma vez montadas, as estruturas podem chegar a 37 metros de altura, suspendendo os cabos da rede de energia ao longo de vãos de até 800 metros entre duas torres, dependendo das condições do terreno. Inicialmente, a Copel vai utilizar as torres temporárias em linhas de 69 kV (mil Volts) e 138 kV, que realizam o transporte de energia entre subestações transformadoras, fonte para a distribuição de energia a um grande número de consumidores. No entanto, as novas estruturas podem ser aplicadas em linhas de até 500 kV, caso seja necessário.
“Elas vão proporcionar ganhos significativos, como a redução pela metade do tempo necessário para restabelecer o sistema e a exigência de um menor número de profissionais para montá-las”, afirma Gilson. “A maior facilidade e segurança para operá-las garantirá, assim, maior eficiência no serviço prestado à população”.