Saúde reforça monitoramento dos casos de gripe na Capital

A Secretaria Municipal da Saúde reforçou o monitoramento dos casos de gripe em Curitiba e está relembrando os médicos sobre a importância da prescrição do remédio Oseltamivir – comercialmente conhecido como Tamiflu – para o tratamento de todos os quadros gripais. Até agora, foram registrados na cidade 216 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). São pacientes que precisaram de internamento e têm doenças respiratórias que apresentam sintomas como febre e tosse, associados a outras complicações, como falta de ar, desconforto respiratório e baixa oxigenação no sangue.
O diretor do Centro de Epidemiologia, Moacir Pires Ramos, afirma que o alerta é direcionado aos médicos da rede pública e privada e tem como objetivo evitar complicações mais sérias em pacientes que apresentam algum problema respiratório. Segundo ele, nesta época do ano,cerca de 25% dos atendimentos nas unidades básicas de saúde e nas unidades de pronto atendimento de Curitiba são resultado de problemas respiratórios, que vão desde simples resfriados até as síndromes respiratórias.
“Desde 2009, quando ocorreu a epidemia de gripe no Brasil, Curitiba adotou a prescrição do Oseltamivir como medida terapêutica precoce. Essa iniciativa faz toda a diferença porque percebemos que a maioria dos óbitos por problemas respiratórios decorre de gripes não tratadas ou tratadas tardiamente”, comenta o diretor.
Ramos afirma que o medicamento está disponível em todas as unidades básicas de saúde e nas unidades de pronto atendimento de Curitiba e é distribuído gratuitamente à população. Nas farmácias comerciais, o Oseltamivir não sai por menos de R$ 180,00. Para retirar o medicamento gratuitamente, é necessário apenas uma receita médica simples (receita branca) – mesmo quando prescrito por médico particular.
“A gripe é causada pelo vírus da Influenza e não se pode descartar a possibilidade de agravamento. Por isso, optamos por tratar independentemente da confirmação do vírus, pois os efeitos colaterais do remédio são poucos, principalmente quando comparados aos efeitos da falta de tratamento adequado”, salienta.