Empresas ajudam funcionários fumantes a largarem o vício

O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, de acordo com a OMS. Pesquisa divulgada pela instituição aponta que mais de 5,6 milhões de pessoas morrem por ano devido aos males do tabaco, sendo 600 mil fumantes passivos, ou seja, aqueles que não fumam, mas estão sujeitos à fumaça do cigarro.
No Brasil, de cada 100 mortes no Brasil, 13 são provocadas por doenças relacionadas à dependência do cigarro. Segundo a OMS, o fumante adoece com mais frequência, afasta-se mais precocemente do trabalho por invalidez e vive em média 10 anos a menos que o não fumante. A legislação que proíbe o hábito de fumar em locais fechados e a ampliação da divulgação em torno dos malefícios que o cigarro traz à saúde têm sido relevantes na redução do tabagismo, observada nos últimos anos.
Outro importante fator que tem contribuído para a diminuição do hábito de fumar e que deve ser considerado como importante são os programas desenvolvidos pelo governo e iniciativa privada que auxiliam o fumante a abandonar o cigarro e a vencer o vício. Dados mostram que as empresas, além de restringirem o uso do cigarro em seus ambientes, ajudam o funcionário a deixar o tabagismo, dando suporte por meio de ações e programas, para que ele se liberte do vício de uma maneira menos traumática. As corporações que adotam este tipo de comportamento têm verificado a redução significativa dos prejuízos financeiros causados pelo empregado tabagista.
Diagnóstico do Imtep, referência em saúde empresarial, concluiu que um funcionário fumante custa R$ 4,3 mil a mais para uma empresa do que um não fumante. O levantamento registrou que deste total 46% são resultados do tempo parado para fumar; 34% causados pelas faltas, 15% relativos a custos com assistência à saúde e os 5% restantes são outros motivos relacionados ao tabagismo.
Com base nestes dados, em 2012, o Imtep lançou o Programa de Auxílio ao Tabagista- PAT, direcionado às empresas. De acordo com Joice Cristina dos Santos, coordenadora dos programas de qualidade de vida, para vencer o vício é preciso querer e ter tratamento que auxilie no processo de parada. “Foi pensando nas dificuldades enfrentadas pelo fumante que o PAT foi desenvolvido”, afirma.
O PAT é um programa aplicado por um ano. “São 12 meses de ações nas quais os participantes são assistidos por médicos, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas”, informa Joice, observando que a equipe multiprofissional atua em todas as fases do processo, dando todo o suporte necessário para que o fumante conclua o tratamento com êxito. O PAT, além dos profissionais capacitados, também oferece aos participantes material didático: cinco cartilhas com informações que motivam o tabagista a vencer cada etapa do programa.