Em âmbito estadual, um dos fatos políticos que causou mais polêmica nesta semana foi a decisão do PMDB do Paraná de dissolver 72 diretórios estaduais, inclusive de Curitiba que é comandado pelo senador Roberto Requião. A medida dificulta sua candidatura ao governo do estado e divide o partido entre as opções de apoio a Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) em 2014. Não é novidade que o PMDB é o partido que pode desequilibrar uma eleição polarizada, pois a legenda tem a maior bancada de deputados estaduais.
Justificativa
das dissoluções
O motivo alegado pela direção foi o resultado pouco satisfatório atingido pelos diretórios nas eleições municipais. No caso de Curitiba, o secretário-geral do PMDB/PR, Orlando Pessuti, cita a eleição de somente uma vereadora (Noemia Rocha). Ele justifica que a agremiação não conquistou 10% dos votos exigidos pelo diretório na disputa à câmara.
Desafeto fora da disputa
A verdade é que desta maneira, Pessuti anula as intenções de Requião, seu desafeto político. Não é difícil perceber que Pessuti sustenta a esperança de disputar o Palácio Iguaçu e, em segunda hipótese, apoiar a petista Gleisi Hoffmann.
Deputados com Richa
A retirada de Requião da corrida eleitoral também vai de encontro com a intenção da ala de peemedebistas que deseja apoiar a reeleição de Beto Richa. Neste grupo, inclui-se Alexandre Curi e a maioria da bancada do partido na Assembleia Legislativa. StephanesJúnior, que também cumpre mandato na Alep, foi indicado para presidir o diretório municipal de Curitiba.
Na defesa do senador
Quem não gostou nada da medida foi o deputado federal João Arruda, que é braço direito do tio Requião. Segundo ele, foi um golpe na democracia interna. Ele alegou que contestará na justiça. Outro parlamentar que não concordou foi o coordenador da bancada estadual na Câmara, Marcelo Almeida. Eles deverão questionar a decisão estadual ao presidente do PMDB (PR), deputado Osmar Serraglio, e à direção nacional.