“Não sei quem inventou o salto alto, mas todas as mulheres devem muito a esta pessoa”. A icônica frase de Marilyn Monroe é um exemplo da relação de amor e ódio das mulheres com o salto alto. Sinônimo de feminilidade e elegância, esse tipo de sapato pode ser também desconfortável e prejudicar as articulações dos pés. Segundo Cristina Lopes, coordenadora técnica e podóloga da Doctor Feet, com até três centímetros de altura, os saltos não são prejudiciais à saúde, e podem até trazer benefícios, como ajudar no processo circulatório.
“O salto, quando muito alto ou fino, faz com que a pessoa descarregue o peso do corpo somente na parte da frente dos pés, o que leva a calosidades”, comenta a especialista, que ensina abaixo cinco dicas para quem faz uso mais frequente desse tipo de sapato e quer evitar problemas.
1- Escolha modelos com salto mais grosso ou anabela
Quanto mais largo o salto, melhor ele distribui o peso do corpo e ajuda na estabilidade, diminuindo a tensão entre os dedos e o calcanhar. O uso de sapato pouco confortável pode gerar tensão nos pés e desencadear um processo inflamatório, levando a fascite plantar.
2- Fique atento ao formato do sapato
Saltos de bico-fino, por exemplo, espremem os dedos, o que leva a formação de calos dorsais. O sobrepeso também é outro problema que exige atenção no formato do sapato, que deve distribuir bem o pé e trazer ainda mais sustentabilidade.
3- Palmilhas e protetores
Protetores de calos e dedos ajudam a diminuir o desconforto do salto e impedem que o atrito entre o material prejudique ainda mais problemas como calos e fascite plantar
4- Massageie os pés e tornozelos após o uso do salto
Uma massagem ou escalda-pé pode ajudar a relaxar a tensão dos pés e tornozelos após um dia intenso com salto. Use um creme específico para essa parte do corpo, com função terapêutica de relaxamento e massageie a planta e peito dos pés para também diminuir as dores do cansaço.
5- Intercale o uso de salto alto com salto baixo
Ao usar salto alto, intercale no dia seguinte com um sapato baixo, para ajudar os pés a se recuperarem. Chinelos e rasteirinhas também não devem ser usados como se fossem sapatos normais, pois são para a praia ou piscina, e não oferecem suporte ao calcanhar, e ainda forçam o joelho.