A produção industrial do Paraná cresceu 8,7% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2012. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo IBGE. No País, a expansão da atividade da indústria teve expansão de 8,4% no mesmo comparativo.
Dos quatorze segmentos industriais pesquisados no Paraná, dez registraram alta, com destaque para o crescimento da produção de veículos automotores (23,9%), explicado pela maior fabricação de caminhões, caminhão-trator e semirreboques e automóveis; máquinas e equipamentos (20,0%), impulsionada pelo aumento na produção de refrigeradores, tratores agrícolas, elevadores e máquinas para colheita; minerais não-metálicos (20,0%), devido ao crescimento da produção de cimentos “Portland” e massa de concreto; e alimentos (7,3%), com elevação na produção de açúcar cristal, carnes e miudezas de aves congeladas.
O resultado alcançado pelo Paraná foi o quinto melhor do País, atrás apenas da Bahia (13,5%), Rio Grande do Sul (11,2%), São Paulo (10,7%) e Amazonas (9,6%). Na comparação de abril com março de 2013, a produção da indústria paranaense aumentou 0,1%, puxada especialmente pelos ramos de alimentos e veículos.
No primeiro quadrimestre de 2013, o nível de produção da indústria paranaense desacelerou 1,6%, principalmente por conta da queda da atividade nos ramos de edição e impressão (-36,1%) e celulose (-5,3%). Em relação ao acumulado de doze meses, terminados em abril, a produção do industrial do Estado caiu 7%.
IPARDES – Na avaliação do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os resultados o setor industrial brasileiro como um todo ainda sentem os reflexos da redução da demanda externa, por conta da crise da Europa.
“Há também a influência do aumento nas importações, devido ao câmbio apreciado, que resulta na perda de competitividade do setor, além da política econômica contra o investimento, aplicada pelo governo federal, e a interferência da base de comparação bastante apreciada dos primeiros meses de 2012”, explica a economista Ana Silvia Martins Franco, do Ipardes.