Trombose: médico angiologista alerta sobre importância de hábitos saudáveis para evitar a doença

Apenas no Paraná, em 2018, 3576 atendimentos foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a Trombose Venosa Profunda (TVP). Os dados, da Secretaria da Saúde (SESA-PR), mostram também que neste ano, somente no primeiro semestre, 1806 atendimentos foram feitos com essa finalidade. A disfunção, muitas vezes silenciosa, é caracterizada pela formação de coágulos que bloqueiam a passagem sanguínea no interior das veias profundas. Quando não tratada, pode trazer sérias complicações, como úlceras de perna, embolia pulmonar e até mesmo levar ao óbito.

Para alertar a população sobre a importância da prevenção e tratamento da doença, são realizadas campanhas como a do Dia Mundial de Combate à Trombose, em 13 outubro. Visando reforçar o alerta, a partir de setembro, mês que antecede a data oficial do combate a doença, o Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular (IACVC), desenvolverá ações de orientação aos seus pacientes e à população curitibana. Por meio de suas redes sociais, site, canais de comunicação e também em suas consultas, o Instituto disponibilizará materiais de orientação e prevenção.

Para o médico especialista em angiologia, cirurgia vascular e endovascular, Dr. José Fernando Macedo, diretor do IACVC, é de extrema importância para a população ter acesso a informações que possam auxiliar na prevenção. “É imprescindível ter, por exemplo, hábitos saudáveis, como a alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos”, alerta o especialista.

Grupos de risco

Macedo reforça as orientações para os grupos de risco: grávidas, pessoas com histórico da doença na família e pessoas acima de 50 anos. Além disso, fatores como, obesidade, sedentarismo, tabagismo e uso de anticoncepcional, podem agravar a situação. “As principais manifestações aparecem pelo inchaço nos tornozelos, dor, sensação de cansaço e peso nas pernas, principalmente ao final do dia”, explica.

Tratamento

A trombose é mais comum nos membros inferiores, sendo, em 90% dos casos na perna esquerda e em 10% deles nos membros superiores, pelves.  Além de orientações e do uso de meias elásticas, o principal tratamento é feito com medicações anticoagulantes. Ao contrário do que era feito antigamente, hoje, na maioria dos casos, não é necessária a internação do paciente. Dependendo dos sintomas, é possível fazer o tratamento ambulatorial com o uso de anticoagulantes orais. O tempo de tratamento varia de 6 meses a 1 ano. Nas situações mais raras, pode ser necessário que o paciente tome medicações para o resto da vida.