Meningite e infecções oculares: tratamento inadequado da sinusite pode gerar doenças

Especialista detalha as principais formas de tratamento para sinusite crônica e aguda, que atinge um em cada cinco brasileiros; em casos mais severos, cirurgia pode ser uma opção

Ambientes fechados e variações bruscas de temperatura são condições ideais para a ocorrência da sinusite. Por isso, com a instabilidade nos termômetros – típicas de estações como a primavera – é importante estar atento a sintomas como obstrução nasal, secreção amarelada, mal-estar, febre e dor de cabeça nas áreas comprometidas.

“Consequência do acúmulo de secreção e inflamação na região dos seios da face — cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos — a sinusite aparece, muitas vezes, como uma doença secundária a resfriados e viroses”, explica Cassio Wassano Iwamoto, otorrinolaringologista do Hospital IPO. “Desta forma, pode ser classificada como aguda, quando rapidamente os sintomas aparecem, ou crônica, quando as crises são recorrentes e duradouras”.

Para o diagnóstico, o tempo de evolução da doença surge como fator primordial: enquanto em casos agudos os sintomas devem durar menos de três meses, sinusites crônicas, por outro lado, apresentam um quadro superior a 90 dias consecutivos. Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), estima-se que um em cada cinco brasileiros sofra apresente, ao menos, um grau leve de sinusite.

“Observar o histórico clínico do paciente é a primeira etapa para distinguir os tipos de sinusite. Saber se a pessoa manifesta crises com recorrência ou se possui um quadro viral ou um resfriado, por exemplo, tem grande contribuição para compreender se é crônico ou não e, a partir disso, indicar a abordagem mais adequada”, explica Iwamoto.

Antibióticos, corticoides, lavagem nasal com soro, além do cuidado para evitar infecções virais, estão entre os principais tratamentos para a doença. “Para ambos os casos, o cuidado medicamentoso apresenta efetividade nos resultados. Ainda assim, para casos crônicos, muitas vezes a cirurgia é necessária, uma vez que sinusites não tratadas adequadamente podem evoluir para complicações de órbita, abscesso na cabeça, infecções mais graves nos olhos e, eventualmente, complicações na cabeça como meningite”, alerta Iwamoto.

Sobre o Hospital IPO

O Hospital IPO é especializado no tratamento de ouvido, nariz e garganta, e conta com uma equipe multidisciplinar de áreas relacionadas à otorrinolaringologia. Atualmente possui o único pronto-atendimento 24 horas da especialidade no sul do país, mais de seis centros de tratamento, estrutura educacional voltada para a otorrinolaringologia, mais de 150 médicos atendendo em 20 especialidades e mais de 30 unidades de atendimento no Paraná e Santa Catarina.

O grupo surgiu com união de um grupo de professores de medicina da Universidade Federal do Paraná, em outubro de 1992, para a criação de um centro especializado em otorrinolaringologia, ofertando consultas, exames, procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos. Em junho de 2000 inaugurou seu hospital, um edifício de 11 mil metros quadrados, dispostos em 10 andares, localizado em Curitiba, no bairro Água Verde. www.hospitalipo.com