O Brasil tem 80,9 milhões de usuários de internet, aponta pesquisa divulgada pelo Centro de Estudo sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br). A oitava edição do levantamento Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) Domicílios mostra que houve um aumento de 15 pontos percentuais na proporção de pessoas que utilizam a rede mundial de computadores no país nos últimos cinco anos, passando de 34%, em 2008, para 49%.
Apesar do avanço, o estudo revela dificuldades para a expansão da internet especialmente em classes sociais mais baixas e nas zonas rurais. Nas classes D e E, 80%, ou 68 milhões de pessoas, nunca usaram a internet. Na média geral, o custo elevado foi apontado como a principal razão para a falta de internet no domicílio, tendo sido citado por 44% dos entrevistados. Esse percentual, entretanto, está em queda desde 2008, quando a taxa era de 54%.
Na zona rural, apenas 10% dos domicílios estão conectados, enquanto na área urbana, o percentual chega a 44% das residências. A média brasileira é 40% dos domicílios com internet, um acréscimo de 4 pontos percentuais na comparação com a última pesquisa (36%). A falta de disponibilidade é o principal motivo apontado pelos entrevistados em domicílios da zona rural. O estudo consultou 17 mil pessoas em todas regiões do país. Na comparação entre classes sociais, a disparidade do acesso à internet nas residências chega a 91 pontos percentuais.
Enquanto na classe A o percentual chega a 97%, nas classes D e E, ele é 6%. Observa-se, por outro lado, forte crescimento, nos últimos cinco anos, nas classes B (de 58% para 78%) e C (de 16% para 36%). Em relação ao tipo de conexão, a banda larga fixa manteve uma proporção relativamente estável, passando de 69% para 67%. A conexão móvel, por sua vez, alcançou 21% dos domicílios, ante 17% na última apuração. A internet discada, apesar do decréscimo expressivo desde 2008, ainda é utilizada em 7% das residências. Em 2008, esse percentual era de 31%.