Acontece na Política: Pseudo-reforma política na pauta

A proposta de plebiscito da Reforma Política encaminhada pelo Governo Federal ao Congresso demonstra quais as verdadeiras intenções da presidente Dilma Rousseff (PT). Abafar os protestos populares e fazer de conta que está mudando o sistema político do país. Não é apresentando cinco tópicos técnicos ao eleitor de maneira simplista, que uma reforma com tal complexidade será adotada. A maioria da população não sabe qual é a utilidade ou o funcionamento dos pontos expostos. É mais uma estratégia para manter a frágil democracia brasileira.

E o fim da reeleição e do voto obrigatório?
Por exemplo, dois tópicos polêmicos não são apresentados. Como o fim da reeleição e do voto obrigatório. Vale dizer que as duas sugestões desfavorecem a classe política de maneira geral e têm grandes possibilidades de contribuir para sanear a política brasileira.

Reforma simplista
Os tópicos do plebiscito são o modelo de financiamento de campanhas, o sistema de votação das disputas para vereador e deputado, a proibição das coligações partidárias nas eleições proporcionais, a extinção das vagas de suplente de senador e o fim do voto secreto no legislativo. São importantes, mas insuficientes para moralizar a política.

Intenções do plebiscito
As contradições não são poucas. O Congresso já tem propostas de Reforma Política que não andam por desfavorecerem a maioria dos parlamentares. A base do governo não tem interesse em aprova-las. A estratégia de Dilma é gerar uma cortina de fumaça para ocultar os verdadeiros problemas do país, que são: saúde, educação, segurança e infraestrutura.

Tempo hábil
Além de fazer parte de um “teatro” para eleitores, a reforma política proposta necessita de tempo. Os debates no Congresso são indispensáveis para a realização de uma reforma consistente.