OMS: Proibir a propaganda de cigarro reduz o consumo

A proibição de campanhas publicitárias de cigarro está se mostrando eficaz, destaca o relatório Epidemia Global de Tabaco em 2013. O número de pessoas beneficiadas com a proibição de publicidade, promoção e patrocínio de empresas de cigarro passou de aumentou quase 400 milhões desde 2003 para 2,3 bilhões atualmente.
O documento lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que uma em cada três pessoas está agora coberta por pelo menos uma medida que limita o consumo de tabaco. No entanto, para atingir a meta de 30% de redução do uso de cigarros até 2025, mais países devem implementar programas de controle.
“Se nós não acabarmos com a publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco, adolescentes e jovens adultos continuarão sendo atraídos para o seu consumo por uma indústria cada vez mais agressiva”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. “Todo país tem a responsabilidade de proteger sua população de doenças relacionadas ao tabaco, invalidez e morte.”
O tabaco é a principal causa mundial de mortes que poderiam ser evitadas e mata 6 milhões de pessoas por ano. Ele pode causar câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias crônicas. A proibição de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco é uma das medidas mais poderosas para controlar seu uso.
De acordo com o relatório, 24 países – com população total de 694 milhões de pessoas – já introduziram proibições completas e mais de 100 países estão perto da proibição total. No entanto, 67 países ainda não estabeleceram nenhum tipo de proibição da atividade publicitária para a indústria do tabaco.
“Sabemos que somente proibições completas sobre a publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco são eficazes”, disse o diretor do departamento da OMS para a prevenção de doenças não transmissíveis, Douglas Bettcher. “Os países que introduziram proibições completas juntamente com outras medidas de controle do tabaco têm sido capazes de reduzir significativamente o consumo de tabaco em poucos anos.”