O presidente interino do Egito, Adly Mansour, disse hoje (19), véspera de novas manifestações de simpatizantes do presidente deposto Mouhamed Mursi, que travará a batalha da segurança até o fim. “Estamos em um momento decisivo da história do Egito, que alguns querem conduzir para o desconhecido”, ressaltou Mansour.
A afirmação de Mansour ocorre no momento em que oposicionistas ao governo e simpatizantes de Mursi defendem o retorno do presidente deposto ao poder. Protestos e manifestações são diários nas principais cidades do Egito, registrando situações de violência.
Paralelamente, a Irmandade Muçulmana, movimento que apoia Mursi, informou que aceita uma mediação pela União Europeia (UE) na tentativa de restituir o cargo ao presidente deposto. Integrantes do movimento se reuniram com a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, e o representante da entidade no Egito, Bernardino Leon, para apresentar a proposta.
Gehad El Haddad, um dos principais dirigentes da Irmandade Muçulmana, disse que, durante a reunião, houve uma “discussão sobre a forma de preparar as negociações”. “A restauração da legitimidade não é negociável”, destacou. Para Amr Darrag, que foi ministro de Mursi, a União Europeia demonstrou “desejo” de que a Irmandade Muçulmana “faça parte do processo de discussão política”.