Paciente está em isolamento em Porto Alegre; outros 2 infectados são de São Paulo
O Ministério da Saúde confirmou o 3º caso de varíola dos macacos no Brasil neste domingo (12.jun.2022). O paciente está em isolamento em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Há outros 2 infectados em São Paulo.
O mundo enfrenta desde maio o maior surto do vírus fora da África. Já são mais de 1.000 infectados em outros continentes.
O paciente gaúcho, de 51 anos, esteve em Portugal (país com 209 infectados pela doença). O ministério afirma que ele chegou ao Brasil na 6ª feira (10.jun.2022). Ele está em quarentena na casa dele com as pessoas que teve contato.
O ministério afirmou que o quadro dele é estável, sem complicações. As Secretarias de Saúde do Estado e do município monitoram o paciente. O caso foi confirmado por meio de exame RT-PCR realizado pelo Instituto Adolf Lutz.
“As medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto no voo internacional”, declarou o ministério. Segundo o órgão, a ação teve apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Suspeitas de varíola dos macacos
O Ministério da Saúde informou que há 4 suspeitas em análise neste domingo. Os possíveis infectados estão em São Paulo (SP), em São Luís (MA), Pacatuba (CE) e em Santa Catarina.
Até às 20h30 deste domingo (12.jun), foram confirmados 1.476 casos de varíola dos macacos em 31 países. Os dados são da Global.health Monkeypox, iniciativa que monitora os números divulgados por cada nação.
Prevenção
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, pediu à população que fique atenta aos sintomas da varíola dos macacos. Mas projetou que o Brasil não terá muitos casos da doença. A declaração foi realizada em entrevista ao Poder360 na 6ª feira (10.jun).
“A nossa expectativa é que não tenhamos muitos casos aqui no país. Mas depende muito dessa vigilância pessoal, de você evitar ter contatos com pessoas que possam ter sintomas”, disse Medeiros.
O secretário disse que, apesar do aumento de casos em alguns países, o número de novas nações com confirmados não têm aumentado na mesma proporção. “Isso mostra que cada país está tentando segurar os seus casos, fazendo as medidas de bloqueio e de controle dos casos”, declarou.
Os sintomas da doença parecem de 5 a 21 dias depois da infecção e duram de duas a 4 semanas. Os sinais iniciais são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados e arrepios. De 1 a 3 dias depois do aparecimento da febre, surgem erupções cutâneas (manchas, lesões, ou bolhas com líquido na pele). O secretário de Vigilância pede atenção a esses sintomas.
“Precisamos ficar atentos a qualquer sintoma. Em caso de aparecimento [de algum sinal], procure sua unidade básica de saúde. Vá ao médico. Porque o médico vai lhe examinar. Ele vai saber fazer o diagnóstico e vai saber dar a condução clínica adequada para o seu caso”, disse Medeiros.
O secretário afirmou que pessoas com casos suspeitos ou confirmados devem ficar em isolamento (em hospitais ou nas suas casas) para não transmitirem a doença a outras pessoas.
“As roupas de cama e o material de uso pessoal [da pessoa infectada ou com suspeita da doença] devem ser esterilizados, lavados muitas vezes com água e sabão e passar água quente para fazer a descontaminação. Isso é extremamente importante”, disse.