*Por Denise Barbosa
Por definição, Cultura Organizacional é o conjunto de práticas, hábitos, comportamentos, símbolos, valores, princípios éticos, crenças, rituais, políticas, sistemas, jargões, etc, manifestados pelas pessoas que fazem parte do ecossistema (interno e externo). Sim, colaboradores, clientes, fornecedores, concorrentes fazem parte deste assunto.
A partir daqui, vamos colocar uma lupa sobre o tema.
Se cultura são as atitudes das pessoas que fazem parte do ecossistema, isso quer dizer que ela se manifesta de forma orgânica e onipresente, desde a hora que se chega à empresa, como se comunicam, como atendem clientes, contratam fornecedores, se relacionam e resolvem problemas. A partir daqui, podemos ter o entendimento que não controlamos a cultura, pois seria a mesma coisa de querer controlar o jeito que as pessoas são. Baseado em que a Cultura determina o sucesso da Organização, muitos Empreendedores e RHs investem em sua definição e buscam pessoas que tenham o fit cultural. Parece simples, afinal, basta contratar as pessoas com os mesmos valores, princípios éticos e comportamentos como o da empresa e deixar para que se comportem naturalmente.
SQN. A confusão pode começar a partir daí. Apesar de cultura ser um manifesto orgânico, aquilo que é definido no papel precisa ser estimulado por experiências e ter exemplos para que seja fortalecida.
Você conhece a experiência que seus(as) colaboradores(as) têm ao longo jornada desde a contratação até o desligamento?
Quais são as experiências que a sua empresa promove que estimulam a Cultura desejada?
Suas práticas de gestão, comunicação, a forma como se relaciona com clientes, fornecedores, concorrentes e sociedade em geral; sustenta os comportamentos e definições da Cultura Organizacional?
Quais experiências consegue promover no dia a dia que fortalece a relação das pessoas com a sua empresa?
O que estou querendo estimular é a lucidez sobre que não adianta definir uma cultura e criar uma verdadeira campanha de Marketing, quando na realidade:
- Colaboração… e no dia a dia é cada um por si.
- Diálogo aberto e transparente… e as informações circulam em pequenos núcleos e a comunicação não é clara.
- Protagonismo e senso de dono… onde as pessoas não têm ferramentas e informações para tomada de decisão.
- Centrado no Cliente… quando não há investimento em capacitações, resolução de problemas com agilidade, atendimento e, sobretudo a experiência do colaborador com a empresa não é satisfatória.
- Pessoas são nosso principal pilar… quando não há um modelo de gestão com foco em desenvolvimento, nem cultura de feedback claro e que promova a evolução na carreira.
O pior que pode acontecer para a Cultura Organizacional é estabelecer diálogos esquizofrênicos, onde o que é falado não é praticado, criando-se uma distância com a realidade. Quando isso ocorre, frustrações, ansiedade e insegurança se instalam e como já mencionado, não controlamos as pessoas, portanto, outra cultura se instalará na Organização. Mas calma. Tem como ajustar e é mais simples do que parece.
Qual é a melhor Cultura para sua empresa?
A cultura “Walk the Talk”. Autêntica aos valores, visão, propósito e momento da Organização.
A partir deste entendimento, dê atenção a experiência na jornada do seu(a) Colaborador(a), aos marcos de gestão, relações e princípios éticos com todo ecossistema. A experiência das pessoas é por onde percorre e perpetua a Cultura da sua empresa.
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