Os Mutantes tocam hoje em Curitiba

O John Bull Pub completa em agosto 30 anos de história e, para comemorar, traz o show da banda Os Mutantes. Tudo começou na verdade nos anos 70, quando o atual proprietário do John Bull Pub, Gilberto Carvalho, abriu o bar Karma. O sucesso da casa inspirou uma ampliação e uma mudança de nome, passando a se chamar Porto Velho. Em agosto de 1983 nascia o John Bull Pub como conhecemos hoje: um bar focado em shows ao vivo de rock, inspirado nos pubs londrinos e com decoração temática feita com quadros, posters e fotos autografadas, além de uma coleção particular de objetos e escritos das maiores bandas do mundo.
Para o show no John Bull Pub, Os Mutantes trazem um repertório que inclui os grandes sucessos da carreira e também apresentam ao público curitibano as canções no novo trabalho. A formação atual traz Sérgio Dias (violão, guitarras e vocais), Vinícius Junqueira (baixo), Vítor Trida (guitarras, flauta, viola e violino), Esmeria Bulgari (vocais), Henrique Peters (teclados) e Cláudio Tchernev (bateria).O encerramento da noite será com show da banda Syd Vinicius.
Os Mutantes é uma das bandas brasileiras de rock psicodélico mais reconhecidas mundialmente. Formada durante o Tropicalismo no ano de 1966, por Sérgio Dias, Arnaldo Baptista e Rita Lee, os Mutantes influenciaram seguidas gerações de roqueiros pelo Brasil. Após o término da banda, foram quase 30 anos sem shows, até que em 2006 os irmãos Batista excursionaram pelos Estados Unidos e Inglaterra como Os Mutantes novamente. O sucesso inspirou o retorno da banda um ano mais tarde, que então contaria com a participação da cantora Zélia Duncan nos vocais no lugar de Rita Lee, em um show histórico que reuniu mais de 50 mil pessoas para comemorar os 453 anos de São Paulo. Em 2009 selavam o retorno com o lançamento do disco de inéditas “Haih… or amortecedor”.
Após quatro anos, com nova formação – que tem apenas Sérgio Dias como remanescente da original, Os Mutantes lançaram em abril desse ano o álbum “Fool Metal Jack”, nome escolhido em homenagem ao filme homônimo de Stanley Kubrick. O lançamento foi feito primeiro nos Estados Unidos e depois no Brasil. Com 12 músicas, sendo 11 em inglês, o disco traz inspirações bem setentistas e não negam a veia psicodélica da banda, bem visível nas músicas “Ganja Man” e “Valse LSD”. As experimentações sonoras que marcaram a trajetória da banda ficam bem evidentes já na primeira faixa do álbum “ The Dream is Gone” que mistura guitarras e sanfonas.